A reação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), à decisão que suspendeu emendas parlamentares para pagamento obrigatório já foi precificada por membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta sexta-feira, Lira decidiu avançar com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as competências individuais dos membros do Tribunal e enviá-la à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Segundo ministros ouvidos reservadamente pelo GLOBO, a retaliação de Lira estava dentro dos cálculos do Supremo ao apoiar a determinação de Flávio Dino, que barrou a execução das emendas até que medidas de transparência fossem adotadas.
Os integrantes do STF já haviam discutido a possibilidade de reação e avaliaram que a divulgação da PEC não deveria interferir no resultado final do julgamento —nem nos esforços para garantir que ocorra um diálogo institucional entre o Congresso e o Judiciário, em busca de maior transparência no envio de recursos pelos parlamentares.
Como mostrou O GLOBO, a direção do Congresso chegou a pedir ao presidente do STF que a sessão de julgamento convocada para analisar a liminar de Dino fosse adiada, mas o pedido não teve êxito e a sessão foi mantida.
A decisão de Dino, tomada a título preliminar, está a ser analisada pelo plenário virtual num julgamento que decorre até às 23h59 desta sexta-feira. Já há uma maioria de seis votos para confirmar as restrições definidas pelo relator para o pagamento de emendas parlamentares. Ainda faltam votar cinco ministros —e até o final da análise é possível que haja pedido de vista ou destaque, o que paralisaria o julgamento.
Na última quarta-feira, Dino decidiu suspender a execução das emendas obrigatórias apresentadas por deputados federais e senadores ao Orçamento da União, até que o Congresso estabeleça novos procedimentos para garantir a transparência na liberação dos recursos.
A PEC desbloqueada por Lira proíbe decisões individuais que suspendam “atos do Presidente da República, do Presidente do Senado Federal, do Presidente da Câmara dos Deputados ou do Presidente do Congresso Nacional”.
A proposta prevê apenas uma exceção, que é quando o Judiciário está em recesso. Mesmo assim, a decisão monocrática precisará ser confirmada em plenário em até 30 dias corridos.
Essa proposta foi aprovada no Senado no ano passado, mas está parada na Câmara desde então. Após análise da CCJ, a proposta poderá ser debatida e votada na Câmara. A proposta é uma reivindicação antiga dos parlamentares de Bolsonaro, que queriam limitar o alcance do Judiciário.
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