Em meio ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que validou a decisão de Flávio Dino que suspendeu o pagamento de emendas e desagradou o Congresso, o presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso, minimizou a existência de uma crise entre os Poderes e disse que há apenas “desentendimentos”.
– Sentaremos à mesa e discutiremos diferentes possibilidades de concretização desses valores constitucionais. Portanto, não há conflito, há divergência como é típico da democracia e vamos administrar isso da forma mais civilizada possível – disse Barroso nesta sexta-feira, em Porto Alegre, onde participa de uma série de agendas.
A decisão do ministro Flávio Dino foi validada pela maioria do Supremo em julgamento que começou na madrugada desta sexta-feira no plenário virtual da Corte.
Pela medida, as alterações obrigatórias ficam suspensas até que o Congresso estabeleça novos procedimentos para garantir a transparência na liberação dos recursos.
– Agora vamos cuidar da harmonia, que é sentarmos juntos e tentarmos construir a solução constitucional possível para dar à questão do orçamento, integridade, transparência, controlabilidade, ênfase no interesse público, ênfase na eficiência – disse o presidente . do STF a jornalistas da capital gaúcha.
No adendo que fez à decisão analisada pelo plenário virtual, Dino mencionou a existência de negociações para conciliar os interesses do Congresso com as demandas de transparência exigidas pelo Supremo.
Segundo o ministro, todos os esforços estão sendo feitos para resolver o impasse por meio do diálogo institucional.
Na madrugada desta sexta-feira, Barroso negou pedido de suspensão das liminares dadas por Dino apresentado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.
O pedido foi dirigido diretamente a ele, uma vez que cabe ao presidente do Supremo decidir sobre as suspensões preliminares.
O ministro também rejeitou a existência de um “cabo de guerra” entre o Supremo e o Congresso.
– Não achei adequado suspender de forma monocrática e individual. Existem diferentes pontos de vista, como faz parte da democracia. O pensamento único existe frequentemente em ditaduras. O Supremo teve uma visão, o Congresso tem uma visão diferente, os poderes são independentes e harmoniosos – argumentou.
Emendas impressionantes são recursos indicados pelos parlamentares com pagamento obrigatório pelo governo. Fazem parte dessa parcela do Orçamento as chamadas emendas pix, que são enviadas diretamente aos cofres estaduais e municipais, mas sem uma finalidade específica, como uma obra ou desenvolvimento de política pública.
No total, já foram empenhados R$ 37,7 bilhões em aditivos, ou seja, reservados para gastos, em 2024, segundo o portal Siga Brasil.
No total, o valor autorizado para este ano é de R$ 49,2 bilhões.
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