Posse da nova diretoria do IAP tem homenagem a Nilzardo Carneiro Leão

A nova diretoria do Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP) para o biênio 2024-2025 tomou posse na noite desta quinta-feira (15), em cerimônia realizada no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife, em Boa Vista, a área central do Recife.

A cerimônia contou ainda com a comemoração dos 197 anos de fundação dos cursos jurídicos no Brasil e uma homenagem à história da Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE), na pessoa do defensor emérito Nilzardo Carneiro Leão.

Em seu discurso de posse, Érika disse que a cerimônia marca não apenas o início de uma nova gestão, mas também a renovação do compromisso da instituição com a promoção do Direito e a defesa dos valores que sustentam a justiça no país. Ela também expressou seu reconhecimento e agradecimento aos presidentes que a precederam no cargo.

“É sob a inspiração destes grandes advogados que, com humildade e gratidão, me coloco à disposição para dar continuidade a este legado de excelência”, acrescentou. Ela disse ainda que se sentiu honrada em ser a primeira mulher a assumir a presidência do IAP, instituição tradicional e comprometida com os valores democráticos e com o aprimoramento do estudo do Direito.

“Espero que esta inauguração inspire as futuras gerações de advogadas a acreditar que é possível romper barreiras e chegar a locais que, durante muito tempo, foram inacessíveis às mulheres”, acrescentou.

O diretor da Faculdade de Direito do Recife, Torquato Castro Júnior, o anfitrião, abriu a cerimônia dando as boas-vindas ao IAP e à Defensoria Pública do Estado ao evento.

“Começamos pela Faculdade de Direito do Largo do São Francisco por decreto do imperador D. Pedro I, em 1827, inicialmente no mosteiro de São Bento. Depois de algumas décadas, viemos para Recife. Não neste prédio, que data de 1912”, disse o diretor.

Torquato também falou da satisfação de ver os alunos ali formados retornarem ao prédio não apenas para comemorar os cursos de Direito, que mudaram uma situação de certo abandono da ciência no Brasil e depois viraram a maré e se tornaram uma das instituições mais importantes do campo intelectual. termos no país.

“Esta casa, no sentido mais amplo, recebeu personagens muito importantes que ocuparam posições decisivas, personagens não só no sentido político, jurídico, mas também no sentido literário. Se analisarmos o que chamamos de graduados, o nosso orgulho é enorme”, destacou.

Além de comemorar o aniversário dos cursos jurídicos, instituídos em 1827 e comemorados no dia 11 de agosto como o Dia do Advogado, o IAP homenageou a Defensoria Pública do Estado, na pessoa do jurista, professor e escritor Nilzardo Carneiro Leão, que é defensor público emérito.

Eduardo recebe placa representando o país, Nizardo Carneiro Leão Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Nilzardo não pôde comparecer à solenidade, mas foi representado por seu filho Eduardo Carneiro Leão, que recebeu a homenagem, uma placa.

“Nós, familiares aqui presentes, em nome do homenageado desta noite, estamos imensamente gratos à iniciativa da Faculdade de Direito, da Defensoria Pública do Estado e do IAP por esta homenagem ao nosso querido pai. Desejamos boa sorte à nova diretoria do IAP, hoje empossada”, agradeceu Eduardo.

Durante a solenidade, o “Projeto de Preservação da História do DPPE”, idealizado pela ex-defensora-geral Marta Freire, foi entregue à presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP), Margarida Cantarelli, e ao defensor público Dandy Pessoa, representando defensor público Geral Henrique Seixas.

Margarida e Dandy recebem o “Projeto de Preservação da História do DPPE” Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Dandy também fez um discurso em nome de Seixas, no qual afirmou que a Defensoria Pública, como instituição pertencente ao chamado sistema de justiça, representa um importante instrumento para a implementação do preceito da igualdade, consagrado na Constituição Federal de 1988.

“Falar em Defensoria Pública é falar em educação em direitos, por meio do curso de defensores populares, que forma lideranças comunitárias e agentes públicos que atuam na garantia dos direitos da população residente nas regiões mais vulneráveis”, disse Dandy.

Ela destacou ainda a atuação extrajudicial, por meio de conciliações realizadas diariamente, incluindo a disponibilização de exames de DNA com custos arcados pela instituição, mesmo com dificuldades orçamentárias, e o papel da instituição na defesa de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.