Outro membro da equipe do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez pedidos fora do rito para a produção de relatórios do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enquanto o ministro era presidente da Justiça Eleitoral, afirma um reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira, 15.
Segundo a reportagem, o policial militar Wellington Macedo, que atua no STF – lotado no gabinete do ministro -, solicitou por meio de mensagens de WhatsApp que a Assessoria Especial de Combate à Desinformação (AEED), ligada ao TSE, investigasse fatos relacionados à segurança de Moraes e sua família.
O conteúdo incluía ameaças enviadas a números ligados ao ministro, vazamentos de seus dados pessoais, informações sobre prestadores de serviço que trabalhavam na casa de Moraes e ameaças contra ele publicadas nas redes.
O jornal afirma que, em pelo menos um caso, o então chefe da assessoria especial, Eduardo Tagliaferro, disse ter obtido informações confidenciais com a ajuda de um policial civil de São Paulo em quem ele “confiava extremamente”, cuja identidade não foi revelada por ele. .
O objetivo da solicitação era identificar o responsável pelo vazamento de dados, como números de telefone, de Moraes e de sua família, que culminou no recebimento de mensagens por pessoas desconhecidas.
O segurança do ministro também ligou para Tagliaferro para saber quem mandou mensagens para a filha de Moraes, com ameaças e pedindo um Pix de R$ 5 mil, além de enviar um pacote suspeito para a esposa do ministro, um vídeo com ameaças dirigidas a ele. , entre outras solicitações.
Quase todas as solicitações foram atendidas e respondidas conforme solicitado pelo assessor do TSE.
Resposta do ministro
O relatório traz o posicionamento já emitido pelo gabinete de Moraes, de que todos os procedimentos “foram oficiais, regulares e devidamente documentados”. A nota afirma ainda que, no decorrer das investigações sobre milícias digitais e fake news, fez solicitações a diversos órgãos, inclusive ao TSE.
O Estadão entrou em contato com a assessoria de Moraes solicitando posicionamento específico sobre o caso envolvendo seu segurança e ainda aguardava retorno até a publicação deste texto.
Nesta terça-feira, 13, a primeira matéria publicada pelo jornal diz que a equipe de Moraes pedia constantemente a produção de reportagens para respaldar as duas investigações que visam apoiadores de Bolsonaro e que há um fluxo fora do rito, sendo utilizado o órgão do TSE para alimentar o STF.
Foram obtidos mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por assistentes de Moraes.
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