O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as emendas impostas como “o início da loucura” e defendeu um acordo entre governo e Congresso sobre o tema. A fala ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspender o pagamento dessas emendas, medida que o Congresso acredita ter sido acertada com a liderança do governo. Lula fez as declarações em entrevista à Rádio T, de Curitiba.
As emendas obrigatórias tiraram o poder do governo federal sobre deputados e senadores. Anteriormente, o Executivo poderia bloquear emendas de parlamentares da oposição e exigir lealdade de aliados em troca da liberação de recursos. Agora, essa capacidade é limitada, o que privou o Palácio do Planalto de sua principal ferramenta de articulação política. Lula mencionou indiretamente esse mecanismo na entrevista.
“Isso começou a acontecer no governo Dilma, quando Eduardo Cunha assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, com a criação do Orçamento impositivo, das emendas impositivas. Quer dizer que o deputado pode ser contra, pode ser a favor, tem o mesmo direito de mande recursos para a sua base. Se o cara ficar o dia inteiro no microfone me xingando, se o cara passar o dia inteiro votando contra coisas boas para o povo, ele vai receber do mesmo jeito”, declarou Lula.
“O Congresso Nacional tem hoje metade do Orçamento que o governo tem. O Governo tem R$ 60 bilhões, eles têm R$ 57 bilhões. na medida em que o Congresso Nacional sequestrou para si parte do Orçamento em detrimento do Poder Executivo, que é quem tem a obrigação de governar”, afirmou o Presidente da República.
“Já tivemos essa decisão do ministro Flávio Dino, acho plenamente possível estabelecer uma negociação com o Congresso Nacional e garantir que haja um acordo que seja razoável. contra, ele foi eleito, tem que levar um projeto para a cidade dele, tem que fazer alguma coisa. Mas a verdade é essa: é muito dinheiro”, declarou o petista.
Lula critica a forma como deputados e senadores têm enviado dinheiro para suas bases eleitorais desde a campanha presidencial de 2022. Na época, ele já antecipava dificuldades para cumprir seu plano de governo num cenário de compartilhamento dos recursos disponíveis para obras com o Congresso. Ele também mencionou essa situação na entrevista.
O presidente disse que às vezes precisa tirar dinheiro de certas áreas para pagar emendas, e isso “começa a dificultar”. O petista também citou seu programa de gestão. “O governo precisa governar. Fomos eleitos, temos mandato de quatro anos e tenho um programa de governo que quero cumprir”, disse o petista.
Lula também criticou seu principal adversário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, ela mencionou o ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes. O valor das emendas aumentou durante o governo Bolsonaro.
“Bolsonaro não cuidou da economia, não cuidou do Orçamento, quem cuidou da economia foi Guedes, quem quis vender tudo, e o Congresso Nacional, por falta de governança, assumiu a responsabilidade de governar o Orçamento e não podemos continuar assim”, disse Lula. Segundo ele, é necessária uma saída negociada.
O presidente da República também criticou o trabalho das agências reguladoras – Lula reclama frequentemente da burocracia estatal em geral, que vê como um obstáculo às ações governamentais. “As agências reguladoras, que foram criadas para regular, o governo é quem decide as políticas públicas, a agência é quem regula, foram assumidas pelo mercado, pelos empresários”, disse o presidente.
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