O Google repetirá, em 2024, a parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para destacar informações do próprio tribunal em buscas sobre eleições.
Os usuários que tirarem dúvidas sobre “título eleitoral”, “como votar” e “onde votar” serão direcionados para informações oficiais da Justiça.
A grande tecnologia também trará mais links do que TSE no painel que exibe os resultados da eleição, que aparecem com destaque nos dias do primeiro e do segundo turno.
No ano passado, segundo a empresa, o painel com resultados representou 30% de todo o tráfego de buscas no Brasil no dia da eleição presidencial.
Painéis com conteúdo oficial também serão exibidos no YouTube, a partir de outubro, com informações direcionadas ao site do TSE.
A empresa também adotará um crachá de verificação na loja de aplicativos Play Store para identificar os aplicativos oficiais.
Para inteligência artificial, o Google informou que seguirá, no Brasil, políticas globais já anunciadas anteriormente.
Uma delas é a restrição, no Gemini (seu chatbot de IA), de respostas a perguntas que tenham relação com as eleições. No YouTube, a empresa trabalha com um selo para que os criadores possam identificar quando um conteúdo realista foi gerado ou alterado pela IA.
A plataforma também atualizou os recursos de relatórios para conteúdo sintético em junho.
Durante evento do Google, em São Paulo, nesta segunda-feira (5), o ministro do TSE Floriano Marques disse que há necessidade de “diálogo e cooperação” entre a Justiça Eleitoral e as plataformas, sem deixar de reconhecer que “há antagonismo” no este relacionamento :
— As plataformas são guiadas pela lógica interna e pelo seu negócio. A Justiça Eleitoral tem como missão tornar o processo eleitoral o mais limpo possível.
Veto a propagandas eleitorais
Este ano, o Google vetou a veiculação de anúncios político-eleitorais em sua plataforma de impulsionamento, seguindo uma resolução do TSE que determinou as obrigações das big techs para as eleições municipais.
Em fevereiro, o TSE determinou a responsabilidade das plataformas pela remoção de conteúdos eleitorais “notoriamente falsos”, mesmo sem decisão judicial prévia.
Há também previsão de que as empresas de tecnologia sejam responsabilizadas caso não atuem imediatamente em “casos de risco”, que incluem “divulgação ou compartilhamento de conteúdo fabricado ou manipulado”.
Dois meses depois, o Google anunciou que iria proibir a veiculação de anúncios políticos em seus serviços, que incluem o YouTube e o buscador, assim que a resolução do TSE entrasse em vigor, em maio.
A decisão afetou o Google Ads, plataforma de compra e impulsionamento de publicidade da empresa.
O entendimento do Google foi que o escopo da norma inviabilizaria o cumprimento das regras.
Apesar da decisão, análise do Netlab, laboratório da UFRJ, indica que a empresa “não tem sido consistente ou eficiente” na aplicação de suas políticas sobre conteúdos considerados irregulares. Os pesquisadores identificaram sete anunciantes veiculando conteúdo político-eleitoral fora do prazo estabelecido pelo TSE.
Ao tratar da resolução, Natália Kuchar, advogada corporativa da empresa, reforçou que a empresa entendia que não seria possível ajustar as políticas das big tech “para nossa satisfação” no prazo dado pelo tribunal.
Questionado sobre o processo de revisão da empresa para bloqueio de propagandas, Kuchar afirmou que este ano seguirá as políticas que já adota, com restrições à criação dessas propagandas e revisão após reclamações dos usuários.
O advogado afirmou que a retomada das propagandas políticas para 2026 dependerá do “cenário regulatório” a ser definido nas próximas eleições.
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