Candidato à reeleição, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), se comprometeu a não abandonar seu possível novo mandato no meio para concorrer ao governo do estado em 2026. Em audiência no portal g1, Paes respondeu pela primeira vez no tópico , que promete ser um dos mais explorados pelos adversários na campanha deste ano.
— Em 2012, quando fui candidato à reeleição, falaram que eu sairia em 2014. Em 2020, quando ganhei a eleição, o que mais ouvi foi que sairia para ser governador. Adoro ser prefeito do Rio, tenho a honra de ter tido três vezes a confiança desta cidade, e se tiver pela quarta vez permanecerei no meu mandato. Essa é minha obrigação e é nisso que estou me colocando”, disse ele. — Comprometo-me com o eleitor da minha cidade a permanecer até o final do mandato caso seja reeleito.
Apesar da promessa, a possibilidade de o prefeito concorrer ao estadual, caso seja reeleito este ano, é considerada muito alta.
Por isso foi irredutível na formação de uma chapa puro-sangue do PSD nas eleições autárquicas, tendo como vice o seu aliado Eduardo Cavaliere. Com isso, o auxiliar assumiria o cargo de prefeito em 2026 e daria continuidade às políticas de Paes.
Ao analisar o motivo da especulação, o prefeito pintou um cenário de crise na política estadual, que estaria necessitando de grande liderança.
— Acho que as coisas estão a correr muito mal no Estado, naquela que é a principal tarefa do Estado, que é a segurança pública, e acho que temos sim falta de pessoal nesta missão — apontou.
O prefeito também falou sobre a escolha de Cavaliere como vice-presidente neste ano. Questionado sobre a falta de experiência do deputado estadual, que tem 29 anos, Paes destacou sua atuação à frente das secretarias da Casa Civil e de Meio Ambiente.
— Temos uma equipe capacitada, competente, preparada, que me dá muita tranquilidade para me acompanhar nessa tarefa de governar a cidade.
Brazão
Paes também foi questionado sobre o fato de ter nomeado o deputado federal Chiquinho Brazão, integrante do Republicanos, para a secretaria de Ação Comunitária. O parlamentar é preso acusado de ter ordenado o assassinato da vereadora Marielle Franco.
— Fiz uma aliança política com o Partido Republicano e, nessa aliança política, nomearam um secretário de Ação Comunitária. Escolheram um deputado federal eleito pelo povo do Rio de Janeiro e até aquele momento não havia suspeita de seu envolvimento direto no Caso Marielle. Quando isso surgiu, eu demiti ele — afirmou o prefeito.
Além de explicar o contexto da indicação, Paes disse que este ano conta com o voto da ministra Anielle Franco (PT), da Igualdade Racial, que é irmã de Marielle.
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