Ministro Nunes Marques, de Tribunal de Justiça Federal (STF), respondeu ao governo de Minas Gerais e prorrogou pela quinta vez o prazo para o estado aderir ao Regime de Recuperação Fiscal e voltar a pagar a dívida pública, avaliada em R$ 160 bilhões, com a União Federal.
Anteriormente marcado para esta quinta-feira (1º), o prazo foi prorrogado até 28 de agosto, quando o plenário do Supremo volta para julgar o caso.
“Nesse contexto, qualquer omissão do Poder Judiciário, deixando transcorrer o prazo de prorrogação, antes mesmo da análise da medida cautelar pelo Plenário do Supremo, implicaria no esvaziamento e, consequentemente, na perda do objeto da demanda .É certo que a abreviação processual do alvoroço, sem uma resolução adequada da controvérsia, acarretaria graves danos às entidades políticas e, em particular, a toda a comunidade”, afirma Nunes Marques na decisão.
Os pagamentos da dívida pública estão congelados desde 2018, quando o ex-governador Fernando Pimentel (PT) obteve liminar do STF. Desde que assumiu a gestão, em 2019, Zema não quitou parcelas.
O argumento do governo mineiro para continuar o congelamento é que não tem orçamento para pagar integralmente. Nessa linha, a proposta apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), ainda não foi votada no Congresso Nacional.
O senador propôs um programa de recuperação fiscal (Refis) para os estados com descontos no caso de pagamentos à vista.
No mês passado, a proposta básica do Regime de Recuperação Fiscal foi aprovada em primeiro turno na Assembleia Legislativa. Na ocasião, a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou contra um novo adiamento.
“A entidade mineira está simplesmente a usufruir da suspensão da sua dívida por períodos sucessivos, sem retomar os pagamentos ou implementar satisfatoriamente medidas de reequilíbrio”, afirma a AGU.
Guerra de farpas
A dívida pública de Minas Gerais gera discussões entre o governador Romeu Zema (Novo) e o governo federal desde o ano passado. Em junho deste ano, o presidente Lula (PT) criticou a postura de Zema nas negociações.
Segundo o chefe do Executivo, o governador se beneficiou da liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), em vigor desde 2018 e que interrompeu o pagamento das parcelas, e mesmo assim conseguiu aumentar o valor devido.
— É importante lembrar que, desde o início do primeiro mandato, o governador Romeu Zema se beneficiou de liminar concedida pela Justiça ao ex-governador Fernando Pimentel (PT) para não pagar as parcelas da dívida. Nesse tempo todo, o governador não precisou pagar as parcelas e, mesmo assim, a dívida passou de pouco mais de R$ 100 bilhões para os atuais cerca de R$ 170 bilhões — disse o presidente, em entrevista exclusiva ao jornal “O Tempo “.
O vice-governador Mateus Simões (Novo) respondeu, em entrevista coletiva:
— O papel do presidente é defender Pimentel (ex-governador de Minas, do PT). Cara que deixou R$ 32 bilhões pendentes, não pagou nem o décimo terceiro salário, devia bilhões aos municípios. Definitivamente, isso não está obtendo um estado favorável.
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