O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quarta-feira (31) a prisão da líder da oposição María Corina Machado e de seu candidato Edmundo González Urrutia, reconhecido pelos Estados Unidos como vencedor nas eleições presidenciais de domingo (28), em meio a alegações de fraude.
“Eles deveriam estar atrás das grades”, disse Maduro.
Machado argumenta que González Urrutia venceu as eleições para a presidência da Venezuela por ampla maioria e respondeu à ameaça de Maduro com um apelo à mobilização.
“Oferecemos ao regime que aceitasse democraticamente a sua derrota e avançasse nas negociações para garantir uma transição pacífica; porém, escolheram o caminho da repressão, da violência e da mentira”, escreveu Machado na rede social X. “Agora cabe a todos nós afirmar a verdade que todos conhecemos. Vamos nos mobilizar. vamos conseguir”, acrescentou, sem especificar detalhes.
Três dias depois das eleições, Maduro prometeu que apresentaria todas as atas dos votos questionados, quando comparecer ao TSJ (Supremo Tribunal de Justiça) para pedir que você comente sobre o assunto.
“Ele disse, como líder político, filho do comandante [Hugo] Chávez, que o Grande Pólo Patriótico e o Partido Socialista Unido da Venezuela estão prontos para apresentar 100% das atas”, disse Maduro aos jornalistas na sede do Supremo Tribunal de Justiça.
Oponentes afirmam que venceram as eleições na Venezuela e denunciam repressão
A opositora María Corina Machado e seu candidato presidencial, Edmundo González Urrutia, garantem que venceram as eleições e denunciam uma escalada de repressão que deixou pelo menos 11 civis mortos e dezenas de feridos desde segunda-feira (29), além de mais de mil detidos , segundo o governo.
A CNE (Conselho Nacional Eleitoral) proclamou-o presidente eleito para um terceiro mandato de seis anos, com 51% dos votos, contra 44% de González Urrutia. A oposição afirma ter cópias de mais de 80% das atas e que o seu candidato obteve 67% dos votos.
“É claro que Edmundo González Urrutia derrotou Nicolás Maduro por milhões de votos (…). A CNE de Maduro precisa de tempo para preparar resultados falsificados”, disse o subsecretário de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols.
A autoridade eleitoral não publicou os resultados no seu site, alegando ter sido alvo de um grande ataque “hacker”.
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