O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira (31) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que todos os ministros cumpram as regras do chamado marco fiscal. “Essa regra fiscal é válida, o presidente Lula vai cumprir essa regra e já disse a todos os ministros: ‘Vocês têm que cumprir’”.
“Quando assumimos o governo, havia uma verdadeira bomba fiscal prestes a explodir no Brasil que havia sido provocada pelo governo anterior. Infelizmente, o governo anterior decidiu realizar uma operação de pesquisa de boca de urna antes das eleições, gastando recursos além do que o Brasil poderia – inclusive reduzindo a arrecadação de estados e municípios.”
“Estávamos desmontando essa bomba aos poucos”, disse Padilha, em entrevista às rádios durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “Além de desmontar essa bomba, precisávamos criar, para o Brasil e para o mundo, uma nova regra. Diga o seguinte: ‘Olha, o jogo vai ficar assim agora’. Então todo mundo conhece as regras.”
“Quando aprovamos o marco fiscal no ano passado, isso fez do Brasil o segundo país do mundo que mais atraiu investimento estrangeiro. Só para você ter uma ideia: os fundos investiram mais de US$ 3,4 bilhões em empresas brasileiras, o maior investimento desde 2014, ou seja, quase dez anos depois. Porque se sentem seguros neste rumo da economia”, concluiu.
Entender
O governo federal oficializou na noite desta terça-feira (30) o congelamento de R$ 15 bilhões em gastos públicos. O decreto com detalhes foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União. A proposta é manter a meta de déficit zero neste ano, conforme previsto no marco fiscal.
Entre os ministérios, a Saúde foi a mais afetada, com contingenciamento de R$ 4,4 bilhões; seguida pelas carteiras Cidades, com R$ 2,1 bilhões; Transportes, com R$ 1,5 bilhão; e Educação, com R$ 1,2 bilhão.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também foi significativamente afetado – R$ 4,5 bilhões, incluindo valores bloqueados e contingenciais, que representam cortes temporários de gastos. Houve também corte de R$ 1 bilhão em alterações de comissão, R$ 153 milhões em alterações de bancada e R$ 9,2 bilhões em despesas discricionárias.
Com o decreto, ministérios e órgãos afetados pelo quadro fiscal têm até a próxima terça-feira (6) para adotar medidas de ajuste e indicar programas e ações a serem bloqueados. No caso de alterações de bancada, também haverá ajuste para divisão igualitária entre as bancadas.
Veja também
G20
G20: reunião no Rio define prioridades para enfrentar desastres
CONTROVÉRSIA
Para o PT, ditador é reeleito e “dialoga” com oposição
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas