Nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 30, mostra que a disputa pela liderança da Prefeitura de São Paulo está complicada. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), o candidato do PSDB, José Luiz Datena, e o deputado federal Guilherme Boulos, nome do PSOL para a sucessão da capital paulista, estão tecnicamente empatados. Nunes aparece com 20%, enquanto Boulos e Datena têm 19% cada. A margem de erro é de mais ou menos 3,1 pontos percentuais.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que assim como Jair Bolsonaro (PL), apoia a reeleição de Nunes, faz melhor campanha eleitoral que o ex-presidente, segundo pesquisa: 25% dos eleitores paulistas votaria em um candidato apoiado por Tarcísio. Quando questionados se apoiariam um nome desconhecido endossado por Bolsonaro, o número cai para 20%.
Grande parte do eleitorado ainda não sabe quais são os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Apenas 25% têm conhecimento do apoio do ex-presidente a Nunes, enquanto 42% dos eleitores têm conhecimento do alinhamento do atual presidente com Boulos. Mais da metade (51%) dos paulistanos querem que o próximo prefeito da capital paulista tenha uma postura independente de Lula e Bolsonaro.
Para 28%, o ideal é que o candidato seja aliado do petista e outros 16% preferem um prefeito alinhado ao ex-chefe do Executivo. Entre os que votaram em Lula no segundo turno das eleições de 2022, 36% afirmaram que votarão em Boulos nas eleições de outubro. O segundo melhor posicionado do grupo é Datena, que tem 22% das intenções de voto.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 35% pretendem votar em Nunes. O segundo candidato mais citado pelo grupo é o influenciador Pablo Marçal (PRTB), com 27%.
Pelos números da consulta feita em São Paulo, depois dos três primeiros colocados, Marçal aparece, com 12%, deputado federal Tabata Amaral (PSB), 5%, deputado federal Kim Kataguiri (União), 3%, e economista Marina Helena (Novo), 3%. Altino Prazeres (PSTU) e Ricardo Senese (UP) aparecem com 1% cada. Frnando Fantauzzi (DC) e João Pimenta (PCO) não marcaram. Os indecisos somam 8%, e outros 9% pretendem votar em branco ou nulo.
A Quaest realizou entrevistas presenciais com 1.002 paulistanos entre os dias 25 e 28 de julho. O índice de confiabilidade é de 95% e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06142/2024.
Margem
Em relação à pesquisa anterior da Quaest, divulgada em 27 de junho, houve alterações apenas dentro da margem de erro. Nunes oscilou dois pontos abaixo, passando de 22% para 20%. Anteriormente com 21%, Boulos teve a mesma redução do atual prefeito. Datena oscilou dois pontos percentuais para cima, passando de 17% para 19%. Marçal passou de 10% para 12%.
A votação em outubro está prevista para 42% dos paulistanos. Outros 56% responderam que poderiam mudar de candidato ao longo da campanha eleitoral.
Quando o foco é poder de compra, Datena é o candidato preferido entre quem recebe até dois salários mínimos (28%), quem tem ensino fundamental completo (36%) e quem recebe entre dois e quatro salários mínimos (23%) . O apresentador de televisão também lidera entre os evangélicos (24%).
Nunes e Boulos estão numericamente empatados na liderança entre aqueles que têm renda familiar de quatro a sete salários mínimos (23%) e aqueles que ganham mais de sete salários mínimos (21%).
O prefeito se destaca entre os católicos (24%), os que concluíram o ensino médio (25%), os que têm outras religiões que não o catolicismo e o cristianismo (24%), os maiores de 60 anos (28%) e os entrevistados com idade entre 35 anos. e 59 anos (22%). O deputado do PSOL, por sua vez, lidera entre os que cursaram ensino superior (27%) e os que não têm religião (28%).
Boulos e Marçal lideram entre os entrevistados de 16 a 34 anos (21%). Outro empate foi registrado entre o eleitorado feminino, com Nunes e Datena com 20%.
O prefeito leva vantagem em três cenários de segundo turno estabelecidos pela Quaest. Contra Boulos, Nunes tem 45% das intenções de voto, ante 32% do deputado do PSOL. Outros 17% disseram que votariam em branco ou nulo e 6% estavam indecisos.
Em confronto contra Marçal, o prefeito aparece com 45% das intenções de voto, enquanto o influenciador tem 22%. Os votos em branco e nulos totalizariam 24% e 8% estão indecisos. Nunes tem 47% das intenções de voto num possível segundo turno contra Tabata Amaral. Nesse cenário, o deputado do PSB tem 26% da preferência dos eleitores. Outros 20% votariam em branco ou nulo. Pessoas indecisas representam 7%.
Apesar de dividir a liderança com Nunes e Boulos, Datena não teve seu nome testado nos cenários do segundo turno. O apresentador é o candidato mais conhecido e também o mais rejeitado entre os candidatos a prefeito. Apenas 10% dizem que não o conhecem, enquanto 48% sabem quem ele é e não o escolheriam nas urnas.
Divergências
A formalização da escolha de Datena no PSDB gerou um embate entre duas alas do partido: uma que defendia o lançamento de um nome mais alinhado a Nunes e a outra, chefiada pelo presidente nacional do partido, Marconi Perillo, que decidiu aprovar o nome do apresentador na véspera da convenção, que aconteceu no último sábado. Os oponentes foram a tribunal.
O segundo candidato mais rejeitado, segundo a pesquisa, é Boulos – 40% dos paulistanos disseram que não votariam nele. O deputado, apoiado por Lula, é desconhecido por 24% dos eleitores. Nunes é rejeitado por 36% dos eleitores e desconhecido por outros 23%. Kim e Marina Helena têm o menor índice de rejeição, 22% cada. Os dois, porém, são os menos conhecidos, com índice de desconhecimento de 69% e 66%, respectivamente.
25% votariam em candidato apoiado pelo governador
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como melhor militante eleitoral que Jair Bolsonaro (PL) na capital paulista, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem.
Segundo a pesquisa, 25% dos eleitores paulistas votariam em um candidato apoiado por Tarcísio, mesmo que não conhecessem a pessoa. Quando questionados se apoiariam um nome desconhecido endossado por Bolsonaro, o número cai para 20%. Os índices de rejeição também são maiores quando esse candidato está vinculado ao ex-presidente: 75% não votariam em um candidato escolhido por ele, enquanto 68% rejeitariam alguém indicado pelo governador do estado para as eleições de São Paulo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porém, ainda conseguiria atrair mais eleitores para um candidato por ele apoiado na cidade, em comparação com os outros dois líderes políticos de direita: 29% dos paulistanos votariam em candidato desconhecido, mas apoiado por Lula.
Sem citar o padrinho político de Guilherme Boulos (PSOL), 23% declararam que votariam no psolista. Quando o entrevistado é informado de que Lula o apoia, o percentual sobe 5 pontos e chega a 28%. O contrário acontece com Ricardo Nunes (MDB). Sem apoio, a intenção de votar no prefeito é de 26%, e oscila 1 ponto quando se diz que Bolsonaro o apoia.
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