Nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 30, mostra que a disputa pela liderança da Prefeitura de São Paulo está complicada. Segundo a pesquisa, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem 20% das intenções de voto, seguido pelo apresentador José Luiz Datena (PSDB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que aparecem com 19% cada. Os três estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro da pesquisa, que é de mais ou menos 3,1 pontos percentuais.
Em seguida vêm o influenciador Pablo Marçal (PRTB) com 12%, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) com 5%, o deputado federal Kim Kataguiri (União) com 3% e a economista Marina Helena (Novo) com 3%. O sindicalista Altino Prazeres (PSTU) e o metroviário Ricardo Senese (UP) aparecem com 1% cada. O empresário Fernando Fantauzzi (DC) e o líder partidário João Pimenta (PCO) não pontuaram. Os indecisos somam 8% e outros 9% pretendem votar em branco ou nulo.
A Quaest realizou entrevistas presenciais com 1.002 paulistanos entre os dias 25 e 28 de julho. O índice de confiabilidade é de 95% e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06142/2024.
Em relação à pesquisa anterior da Quaest, divulgada em 27 de junho, houve alterações apenas dentro da margem de erro. Nunes oscilou dois pontos percentuais para baixo, passando de 22% para 20%. Anteriormente com 21%, Guilherme Boulos teve a mesma redução do atual prefeito. José Luiz Datena oscilou dois pontos para cima, passando de 17% para 19%. Marçal teve a mesma oscilação, passando de 10% para 12%.
A votação em outubro está prevista para 42% dos paulistanos. Outros 56% responderam que poderiam mudar de candidato ao longo da campanha eleitoral.
Datena é o candidato preferido entre quem ganha até dois salários mínimos (28%), quem tem ensino fundamental completo (36%) e quem ganha entre dois e quatro salários mínimos (23%). O apresentador de televisão também lidera entre os evangélicos (24%).
Nunes e Boulos estão numericamente empatados na liderança entre aqueles com renda familiar de quatro a sete salários mínimos (23%) e aqueles que ganham mais de sete salários mínimos (21%).
O prefeito se destaca entre os católicos (24%), os que concluíram o ensino médio (25%), os que têm outras religiões que não o catolicismo e o cristianismo (24%), os maiores de 60 anos (28%) e os que têm idades variadas. entre 35 e 59 anos (22%).
O deputado do PSOL, por sua vez, lidera entre os que cursaram ensino superior (27%) e os que não têm religião (28%).
Boulos e Marçal partilham a liderança entre os que têm entre 16 e 34 anos (21%). Outro empate foi registrado entre o eleitorado feminino, com Nunes e Datena se destacando com 20%.
Segunda rodada
O prefeito de São Paulo leva vantagem em três cenários de segundo turno estabelecidos pela Quaest. Contra Boulos, Nunes tem 45% das intenções de voto, contra 32% do deputado do PSOL. Outros 17% disseram que votariam em branco ou nulo e 6% estavam indecisos.
Em confronto contra Marçal, o prefeito aparece com 45% das intenções de voto, enquanto o influenciador tem 22%. Brancos e nulos totalizam 24% e 8% estão indecisos.
Nunes tem 47% das intenções de voto num possível segundo turno contra Tabata Amaral. Nesse cenário, o deputado do PSB tem 26% da preferência dos eleitores. Outros 20% votariam em branco ou nulo. Pessoas indecisas representam 7%.
Apesar de dividir a liderança com Nunes e Boulos, José Luiz Datena não teve seu nome testado nos cenários do segundo turno.
Datena é o candidato mais conhecido e rejeitado pelos eleitores paulistas. O apresentador de televisão é o candidato mais conhecido e também o mais rejeitado entre os candidatos à presidência da Câmara. Apenas 10% dizem não conhecer Datena, enquanto 48% sabem quem ele é e não o escolheriam nas urnas.
O segundo mais rejeitado é Guilherme Boulos, com 40% dos paulistanos afirmando que não votariam nele. O deputado, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é desconhecido por 24% dos eleitores.
O prefeito Ricardo Nunes é rejeitado por 36% dos eleitores e desconhecido por outros 23%. Kim Kataguiri e Marina Helena têm as menores rejeições, com 22% cada. Os dois, porém, são os menos conhecidos pelos paulistanos, com desconhecimento de 69% e 66%, respectivamente.
Influência de Lula e Bolsonaro
Mais da metade (51%) dos paulistanos querem que o próximo comandante da Prefeitura tenha uma postura independente do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para 28%, o ideal é que o candidato seja aliado do petista e outros 16% preferem um prefeito alinhado ao ex-chefe do Executivo.
Entre os que votaram em Lula no segundo turno das eleições de 2022, 36% afirmaram que votarão em Boulos nas eleições de outubro. O segundo melhor posicionado do grupo é Datena, que tem 22% das intenções de voto.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 35% pretendem votar em Nunes. O segundo mais citado pelo grupo é o influenciador Pablo Marçal, com 27% das preferências.
Quaest também estimou que 29% dos paulistanos votariam em um candidato desconhecido apoiado por Lula, enquanto 66% rejeitam a escolha do candidato apenas por causa do apoio político. Com Bolsonaro, 20% dizem que escolheriam seu aliado e 75% rejeitam tomar essa decisão.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que assim como Bolsonaro apoia a reeleição de Ricardo Nunes, faz melhor campanha eleitoral do que o ex-presidente. Segundo a pesquisa, 25% apoiavam um candidato desconhecido apoiado por Tarcísio, enquanto 68% não votariam.
Grande parte do eleitorado ainda não sabe quais são os candidatos Lula e Bolsonaro. Apenas 25% têm conhecimento do apoio do ex-presidente a Nunes, enquanto 42% dos eleitores têm conhecimento do alinhamento do petista com Guilherme Boulos.
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