O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta segunda-feira, 29, que a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) poderá ser revertida até as próximas eleições presidenciais, em 2026. Para o gestor mineiro , Bolsonaro seria a melhor opção para a eleição, pois é o “responsável” pelo ressurgimento da direita no país.
Sem citar nomes, Zema critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em 2018 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato e libertado após 580 dias após decisão do Supremo Tribunal Federal em segunda instância. O governador nega que tenha qualquer problema com o petista e que ambos divergem apenas nas propostas.
“Tudo muda na política. Aqui no Brasil, de repente alguém é condenado e ninguém esperava, alguém fica ‘incondenado’ também, não é mesmo? Já tivemos tantos ‘incondenados’ aqui, por que ele não?”, perguntou o político durante entrevista à CNN.
Em junho do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder e uso indevido de mídia. A Corte considerou que o ex-presidente usou seu cargo para espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro a fim de obter ganhos nas eleições.
O governador de Minas Gerais está em seu segundo mandato, portanto não poderá concorrer novamente ao mesmo cargo nas próximas eleições. Ele afirma que apesar do histórico recente na política, quer trabalhar na próxima disputa eleitoral. “Participarei ativamente na campanha de 2026 apoiando os candidatos liberais”, afirma.
Zema relata que não sabe quais serão os nomes para a eleição, mas diz que está analisando as possibilidades para ver quem seria o candidato mais viável junto a outros governadores aliados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo; Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Eduardo Leite (PSDB) do Rio Grande do Sul e Mauro Mendes (União) do Mato Grosso.
“Posso ser apoiador, posso ser candidato, o que eu quero é contribuir para um país melhor. Posso ser candidato a presidente, posso simplesmente ajudar a limpar a sujeira de Brasília. estar contribuindo”, diz Zema sobre ser um representante da direita. Ainda neste mês, ele não descartou a ideia, mas disse que, se fosse candidato ao bolsonarismo e “chegasse lá com os pés e as mãos amarrados”, preferiria que outro alguém concorresse. Na época, o político disse ver Tarcísio como o nome mais forte para enfrentar a esquerda.
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