O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) comemorou nesta segunda-feira, 29, a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais deste ano na Venezuela. A nota conjunta foi publicada nas redes sociais e no site oficial do grupo durante a madrugada com o título de que “os movimentos populares defendem a vitória do povo venezuelano com a reeleição” do candidato.
O texto diz que o ditador saiu vitorioso com mais de 51% dos votos, dos quais 80% já foram apurados. A entidade destaca que a eleição foi central para a geopolítica mundial, já que a nação que se constrói socialista com aliados em todo o planeta possui “a maior reserva comprovada de recursos do mundo”, o que possibilita ao “imperialismo americano” tentar para controlá-lo.
“Em meio a uma campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional, que antes mesmo da votação e dos resultados já falavam em voz alta sobre a fraude e o desrespeito aos resultados, a soberania do povo venezuelano e o seu direito de voto prevalecer”, diz o MST.
Na madrugada desta segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelos chavistas, declarou o ditador vencedor das eleições presidenciais deste domingo, 28. Porém, o resultado é questionado pela oposição, que informa não ter tido acesso a 70% das eleições. registos eleitorais do país.
Das nações vizinhas, apenas a Bolívia, a Guiana e o Suriname não manifestaram preocupação com a contagem dos votos até agora. Na nota oficial do Brasil sobre a vitória de Maduro, o país não mencionou a acusação de fraude e disse aguardar publicação do Conselho Nacional Eleitoral. Ó Estadão constatou que junto com a Colômbia e o México, o Estado brasileiro emitiu uma declaração conjunta para exigir acesso aos registros eleitorais na Venezuela.
O MST diz ainda que “a transparência e o rigor marcaram o dia eleitoral”, pois houve auditorias com a participação de observadores de outras Nações. “Nós, membros de dezenas de organizações sociais, partidos e movimentos populares brasileiros, somos a prova da idoneidade e lisura do processo, e viemos a público parabenizar Maduro e o povo venezuelano pela sua reeleição”, argumenta. .
“Repudiamos qualquer tentativa de intervenção estrangeira e de desestabilização interna através da violência, das notícias falsas e da manipulação. Respeitamos e defendemos a democracia, a verdade e o povo soberano venezuelano”, conclui o texto.
A nota foi assinada por onze grupos, entre eles a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD); Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz); Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB); Comitê Brasileiro de Solidariedade com a Venezuela; Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM); Organização Continental de Estudantes da América Latina e do Caribe (OCLAE); Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT); Marcha Mundial das Mulheres (MMM); Movimento Kizomba; Levante Popular da Juventude e União da Juventude Socialista (UJS).
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