As mulheres continuam sendo maioria entre os quase 10 milhões de eleitores da capital paulista, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No total, a cidade tem 5.039.063 eleitores aptos a votar nas eleições de outubro, o que representa 54% do total de pessoas que poderão ir às urnas para escolher o futuro prefeito da maior cidade do país.
Os eleitores do sexo masculino totalizam 4.277.258. Desde a última eleição, a distribuição dos eleitores por gênero permaneceu inalterada na capital paulista.
A novidade deste ano está entre os mais jovens, especificamente aqueles entre 16 e 17 anos. Segundo o TSE, foi registrado um aumento de 52,6% no número de pessoas dessa idade com direito a voto em outubro em relação ao verificado nas últimas eleições municipais.
Em 2020, a cidade tinha 18.341 jovens aptos a votar. Esse número agora é de 28.003. Para este grupo, o voto é opcional – permitido, mas não obrigatório. No entanto, o grupo representa apenas 0,3% dos quase 10 milhões de eleitores da cidade. Em todo o Brasil, 1,83 milhão de jovens poderão ir às urnas este ano.
Considerando apenas os dados dos eleitores de 16 anos, o crescimento é ainda maior: de 1.968 em 2020 para 7.506 em 2024 – aumento de 281%. Os de 17 anos, mesmo representando a maioria numérica dos mais jovens, tiveram um aumento menor: de 16.373 para 20.497 eleitores – 25% a mais.
Incentivos para os mais jovens
A eficácia das ações promovidas pelo TSE para incentivar o voto mais jovem, como a Semana do Jovem Eleitor, pode ser comprovada pelo número de novos eleitores no país: mais de 417 mil jovens de 15 a 17 anos emitiram o cartão eleitoral em primeiros dois meses do ano, e 116 mil alistados entre o segundo e terceiro meses de 2024. No mesmo período de 2020, esse número era de 46 mil.
A faixa etária de 45 a 59 anos continua sendo a mais representativa entre os eleitores paulistas, com 26% do total. As faixas etárias de 35 a 44 anos e de 25 a 34 anos aparecem em seguida, respectivamente, com 20,5% e 18,8% do eleitorado. O total de pessoas com mais de 60 anos que podem votar na capital paulista é de mais de 2,27 milhões (24,3% dos eleitores).
Eleitores com ensino superior completo superam índice de eleitores com ensino fundamental incompleto
O número de pessoas com ensino superior completo aptas a votar superou pela primeira vez aquelas com ensino fundamental incompleto, que hoje representam o 4º maior grupo do eleitorado paulista. A taxa passou de 16% em 2020, com 1,44 milhão de eleitores, para 16,4%, com 1,53 milhão de pessoas em 2024. A taxa daqueles com ensino fundamental incompleto caiu de 17,7% para 16%.
Os que declararam ter concluído o ensino médio ainda são maioria (29,2%), com 2.726.583 pessoas. Em 2020, era de 27,7%.
Solicitações de tratamento por nome social ultrapassam 4 mil na capital paulista
Para as eleições paulistas deste ano, o número de eleitores com nome social chegou a 4.055 – um aumento de 300% em relação à última eleição municipal, realizada em 2020, em que 1.012 pessoas solicitaram ser tratadas pelo nome com que se identificam. Em 2018, ano em que o TSE passou a permitir que pessoas trans e travestis solicitassem esse tipo de tratamento, o número desses eleitores era de 740 na maior cidade do Brasil.
A faixa etária que mais solicitou a inclusão do nome social no caderno eleitoral foi a dos 25 aos 34 anos, com 1.139 pedidos. Seguem-se a faixa etária dos 21 aos 24 anos e a faixa etária dos 18 aos 20 anos, com 979 e 976 pedidos respetivamente.
São Paulo é o município com maior cadastro de eleitores que solicitaram a inclusão do nome social em seus registros eleitorais em relação a todo o país. Em seguida estão Rio de Janeiro (RJ), com 2.261; Fortaleza (CE), com 1.058; Salvador (BA), com 819; e Curitiba (PR), com 558 solicitações desse tipo.
A concentração de eleitores que utilizam o nome com o qual se identificam é maior nos grandes centros urbanos, com oito capitais no topo da lista. Guarulhos e Campinas são as únicas cidades não capitais que aparecem entre as dez com maior concentração de eleitores com nomes sociais.
Análise
É importante, além das tradicionais diferenças de eleitorado, diferenciar a distribuição dos perfis de eleitor nas regiões da própria capital paulista, destaca Denilde Holzhacker, cientista política e professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). . Diferentes bairros e áreas do município “tendem a apresentar diferentes perfis de padrões eleitorais”. Mesmo assim, para ela, “a questão ideológica ainda será central nas eleições”.
Na disputa de 2020 para prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) levou vantagem nas zonas eleitorais do extremo sul e leste da cidade.
Em bairros como Cidade Tiradentes e São Mateus, na zona leste, e Parelheiros, Grajaú, Piraporinha, Valo Velho, Capão Redondo e Campo Limpo, na zona sul, o deputado federal ficou à frente de Bruno Covas (PSDB) – que liderou a disputa no restante do município e venceu a eleição.
“As eleições municipais são definidas por temas locais”, alerta Denilde. “A segurança, por exemplo, é um problema que atinge todas as regiões da cidade de São Paulo”.
Esse tema, além dos crimes cometidos no município, são apontados como o problema mais grave da maior cidade do país por 29% dos eleitores, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada no final de junho. As menções ao tema superam questões comumente debatidas nas eleições municipais, como saúde (17%), educação (5%) e transporte público (5%).
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