Após participar do lançamento de candidaturas no interior do Ceará ao lado de candidatos alinhados ao bolsonarismo, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) justificou o palanque com a afirmação de que o PT é hoje o “maior mal” do estado, e citou a presença de União Brasil no mais alto nível do Governo Federal.
As declarações foram feitas nesta quinta-feira, antes de discurso do político em Maceió.
— Lula tem três ministros do União Brasil. Um deles, indiciado por corrupção pela Polícia Federal. E estou fazendo aliança com Bolsonaro? — disse Ciro ao rebater acusações de petistas de que ele teria se tornado bolsonarista.
Segundo ele, as críticas que tem sofrido são vistas como “uma agressão” que “só revela o vazio ideológico do PT e a sua brutal contradição”. Ciro revelou ainda que costuma apoiar candidatos contrários ao Partido dos Trabalhadores no Ceará.
— Tenho pouco apreço por esta prática corrupta, fisiológica e não ideológica. Em princípio, acho que o PT é o maior mal hoje no Ceará. Isso significa que [não posso apoiar], no município aí onde o melhor candidato é um cara do PT? Não, nunca deixei de votar no melhor — disse.
Ceará sofre “ditadura” sob governo petista
Em Juazeiro do Norte, terceiro maior colégio eleitoral do Ceará, ele dividiu o palanque com o deputado estadual Carmelo Neto (PL), um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no estado. Durante sua fala, Ciro disse que o Ceará enfrenta uma “ditadura” ao comentar a acirrada disputa entre PT e PDT por votos nas eleições municipais.
A aparição de Ciro e de outras lideranças políticas locais ocorreu em apoio à reeleição de Glêdson Bezerra (Podemos). O candidato deve ter como principal adversário o deputado estadual Fernando Santana (PT), que terá o apoio do senador Cid Gomes, irmão de Ciro e com quem está rompido desde a eleição de 2022.
Ao lado de Aloísio, candidato do União Brasil à prefeitura do Crato (CE), Ciro criticou o PT, hoje no comando do estado, e disse que seu encontro com ex-inimigos políticos a favor da candidatura de Bezerra foi um “dia histórico”.
— O Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção, pela mandão. Há uma ditadura tentando ser construída, tirando o direito das pessoas de escolherem seus candidatos. Está tudo montado para que o novo ditador do Ceará não tenha nem contrastes, e tenho certeza que o Cariri vai se reerguer — afirmou.
No estado, Ciro também tem feito ataques direcionados ao ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT). Desde o rompimento da aliança entre PT e PDT no estado, Ciro critica Santana e o classifica como “traidor”.
Ao participar também do lançamento da candidatura do Dr. Aloísio no Crato, Ciro esteve ao lado do prefeito de Maracanaú Roberto Pessoa (União Brasil), outro seu inimigo político histórico.
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