A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou que é falso que as urnas eletrônicas brasileiras não sejam auditáveis e que não enviará servidores para monitorar as eleições na Venezuela.
A afirmação foi feita nesta quarta-feira (24), em resposta a declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Segundo Cármen Lúcia, devido às “declarações falsas contra as urnas eletrônicas brasileiras”, o Tribunal não responderá ao convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral do país. As eleições na Venezuela acontecem no domingo (28).
Maduro critica sistema eleitoral brasileiro antes das eleições na Venezuela
Durante comício, na terça-feira (23), o candidato à reeleição venezuelano criticou o sistema eleitoral brasileiro e afirmou, sem provas, que os resultados das urnas eletrônicas no Brasil não são auditados.
Segundo Cármen Lúcia, o justiça eleitoral “não admite que, interna ou externamente, por meio de declarações ou atos que desrespeitem a lisura do processo eleitoral brasileiro, a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil sejam desqualificadas com mentiras”.
Na semana passada, o TSE havia decidido enviar dois especialistas em sistemas eleitorais para acompanhar o pleito na Venezuela, após inicialmente recusar o convite.
Os ataques de Maduro às eleições no Brasil
Em seu discurso, durante o comício, o venezuelano disse que o sistema eleitoral brasileiro não é auditável. “Temos o melhor sistema eleitoral do mundo, são 16 auditorias. Onde mais no mundo isso acontece? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é inauditável. No brasil? Eles não auditam nenhum registro. Na colômbia? Eles não auditam um único ato. Na Venezuela auditamos 54%”, disse o presidente.
Após o comunicado, o TSE reiterou a segurança da urna eletrônica. “O acompanhamento da obra ocorre em ambiente controlado, sem acesso à internet, sendo proibido portar qualquer dispositivo que permita a gravação ou gravação de áudio ou imagens”.
Segundo o Tribunal, “também não é permitida a remoção de qualquer elemento ou fragmento dos sistemas ou programas criados sem a autorização expressa do Tribunal. Durante a fase de desenvolvimento, versões de sistemas abertos poderão ser disponibilizadas para análise para comparação das alterações realizadas pelas equipes de desenvolvimento”, finaliza.
*Com informações do R7.
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