O ex-secretário da Receita Federal José Tostes prestará depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira no inquérito que apura monitoramentos ilegais realizados por funcionários da Agência Brasileira de Investigação (Abin).
O auditor será questionado sobre a menção ao seu nome feita durante reunião entre o então chefe do departamento Alexandre Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agosto de 2020.
Na época, Bolsonaro teria sugerido que os advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) conversassem com Tostes e o então chefe do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa estatal de processamento de dados do governo, sobre o caso do “rachadinhas”” envolvendo o filho 01 na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
“É o caso de conversar com o chefe da Receita”, disse.
A fala ocorreu após os dois citarem supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita na elaboração de um relatório de inteligência fiscal que deu origem à investigação.
A conversa foi gravada em áudio por Ramagem. O arquivo foi identificado pela PF após a apreensão de seu celular e computador, em janeiro deste ano.
Os investigadores planejam perguntar a Tostes se ele era procurado após aquele encontro. Durante a gravação, Ramagem afirmou que “seria necessária a instauração de processo administrativo” contra os auditores, “visando anular a investigação, bem como afastar alguns auditores dos respectivos cargos”.
O áudio foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), há duas semanas e deverá passar por exame de profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC) para ser transcrito na íntegra da reunião, com duração de 1 hora e 8 minutos. duração, mesmo quando as vozes se sobrepõem.
Na reunião, os advogados também mencionaram estratégias defensivas que pretendiam adotar. Nas redes sociais, o senador negou envolvimento com a chamada “Abin paralela” e disse ter sido vítima de “criminosos que acessaram ilegalmente” seus dados confidenciais na Receita Federal.
A investigação da PF tem como objetivo apurar a espionagem irregular de autoridades da cúpula do Legislativo e do Judiciário, além de políticos e jornalistas descontentes, no esquema que ficou conhecido como “Abin paralela”.
O uso do programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de alvos pré-determinados por meio de celulares foi revelado pelo GLOBO, em março do ano passado.
Veja também
ELEIÇÕES
PL retira candidaturas próprias em quatro capitais
Venezuela
Governo venezuelano pede aos embaixadores estrangeiros que não surfem na onda “já vencida” da oposição
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas