Por Anthony Boadle
BRASÍLIA (Reuters) – A proteção dos povos indígenas contra a violência de posseiros e agricultores foi “insuficiente” em 2023, de acordo com um relatório publicado na segunda-feira, abalando as esperanças de que a situação melhoraria no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que o primeiro ano do governo Lula teve contradições em sua política em relação aos povos indígenas e avanços decepcionantes nas reivindicações por terras ancestrais.
Embora o governo Lula tenha retomado o combate às invasões ilegais de terras ancestrais, foram registrados 208 assassinatos de indígenas no ano passado, muitos com armas de fogo, em comparação ao recorde anterior de 182 assassinatos em 2020, disse Cimi, citando dados do Ministério brasileiro. da Saúde.
O Palácio do Planalto não respondeu imediatamente ao pedido de comentários da Reuters.
O Cimi relatou envolvimento da polícia em milícias privadas que são investigadas por mortes de indígenas. Os policiais atuariam como guarda-costas dos agricultores, compartilhando informações e prestando apoio em ataques contra comunidades como os Guarani e Kaiowá no sul do Brasil, segundo o relatório.
Depois do governo de Jair Bolsonaro, abertamente contrário aos povos indígenas, Lula iniciou seu terceiro mandato em 1º de janeiro de 2023, subindo a rampa do Palácio do Planalto de braços dados com o mais renomado líder indígena do Brasil, o cacique Kayapó Raoni Metuktire.
Sua primeira medida após ser empossado foi criar, pela primeira vez na história do Brasil, o Ministério dos Povos Indígenas, chefiado pela indígena Sonia Guajajara.
Lula também ordenou uma grande operação com policiais e militares para expulsar milhares de garimpeiros ilegais da Terra Yanomami, a maior do Brasil, na qual os invasores criaram uma crise humanitária com violência, doenças e desnutrição.
Mas o Congresso Nacional, mais conservador, aprovou uma lei que trata do prazo das terras indígenas, embora os direitos dos povos indígenas estejam garantidos na Constituição. O veto parcial de Lula foi derrubado pelos parlamentares com apoio do poderoso lobby ruralista.
As invasões em terras indígenas chegaram a 1.381, a maioria delas em terras em processo de reconhecimento oficial, segundo o relatório.
O governo Lula reconheceu oficialmente oito reservas que serão protegidas pelo Estado, um número maior do que nos últimos anos, mas “abaixo das expectativas”, disse Cimi.
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