A pré-candidata do PSB a prefeito de São Paulo, deputada federal Tabata Amaral, deu até o dia 27 deste mês, data da convenção do partido, para que o apresentador José Luiz Datena (PSDB) indique se aceitaria ou não ser vice-presidente. Presidente. seu prato. Caso não haja resposta (ou seja negativa), o deputado deverá concorrer com um apoiador na ‘bilhete sangue puro’.
Conforme publicou o GLOBO no início do mês, entre as opções avaliadas pelo parlamentar estão as ex-primeiras-damas de São Paulo Lu Alckmin (esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin), e Lúcia França (esposa do ministro Márcio França). Também estão no radar os pré-candidatos a vereadores Floriano Pesaro e Renata Falzoni.
Tabata foi o organizador da filiação de Datena ao PSDB e ainda participou da solenidade em abril.
O objetivo era atrair o apoio do partido para sua candidatura, mas o apresentador acabou convencido no ninho do tucano a lançar sua própria pré-campanha —nesta quarta, ele fez até sua primeira aparição pública em uma visita ao Mercado Municipal. No entorno de Tabata, porém, ainda há suspeita de que Datena ampliará seu histórico de saques de última hora (já são quatro).
A convenção do PSDB está marcada para uma semana depois da do PSB, no dia 3 de agosto. Assim como Tabata mantém o desejo de ter Datena como vice-presidente, a recíproca também é verdadeira. “Quem quer apoio tem que estar disposto a apoiar”, ouviu o GLOBO de um aliado do apresentador esta semana.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, é elogioso ao se referir ao deputado, mas rejeita a ideia de desistir de uma candidatura própria considerada forte —em pesquisas recentes, Datena aparece com índices de intenção de voto acima dos dois dígitos.
“Temos uma boa relação com ela (Tabata), mas se tivermos uma boa candidata, que seja competitiva, não há razão para apoiarmos outro nome”, afirmou.
Caso Datena desista mais uma vez, haverá disputa pelo apoio do PSDB. Tabata tem no radar nomes de tucanos que poderiam ocupar a vaga de seu vice, como o ex-senador José Aníbal e o presidente da federação PSDB-Cidadania na capital, Mario Covas Neto.
Aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) também não descartam a possibilidade de o PSDB apoiar o candidato à reeleição, que foi deputado do tucano Bruno Covas na última eleição. Perillo, porém, diz que não quer estar do mesmo lado de Bolsonaro (apoiador de Nunes) nas eleições paulistas.
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