A Polícia Civil do Estado de São Paulo concluiu a investigação contra o filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Luís Cláudio, acusado pela médica Natália Schincariol, sua ex-namorada, de violência doméstica.
A investigação concluída nesta segunda-feira, 15, mostra que não há evidências fortes que corroborem a afirmação do médico. Sem provas suficientes para sustentar a suspeita, Luís Cláudio não foi indiciado pela Polícia Civil, ou seja, nenhum crime lhe foi atribuído.
O parecer da autoridade policial não vincula o do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), ao qual o caso foi encaminhado. O MP-SP pode seguir o entendimento da Polícia Civil e pedir o arquivamento do caso, ou pedir novas investigações e até denunciar imediatamente o filho mais novo de Lula à Justiça.
O Estadão entrou em contato com Gabriela Schievano Sançana, advogada de Natália, mas não obteve resposta. A defesa de Luís Cláudio, representado em juízo por Carmen Silvia Costa Ramos Tannuri, também foi avisada, mas não respondeu.
Boletim de ocorrência e medida protetiva
A denúncia de violência doméstica foi feita por Natália Schincariol em abril deste ano. O boletim de ocorrência foi registrado eletronicamente e cita mais quatro acusações: além da menção à violência doméstica, inclui ameaças, ameaças, violência psicológica e insultos.
“Ele me deu uma cotovelada no estômago em uma das lutas do final de janeiro”, apontou Natália no relato contra Luís Cláudio, no qual disse que os ataques “têm se intensificado com o tempo”, “colocando em risco” seu físico integridade e mental.
A pedido de Natália, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) editou uma medida protetiva que proibia o filho mais novo de Lula de se aproximar da ex-namorada. Segundo o despacho, o relatório do médico foi “coerente e credível”.
“Diante da possível situação de vulnerabilidade da mulher, verifico a presença de requisitos legais para a concessão de medidas protetivas”, determinou o TJ-SP um dia após o registro do boletim de ocorrência por agressão.
Porém, segundo a Polícia Civil, não foram encontrados indícios das denúncias. Em conclusão, a corporação indica que não foi realizado exame pericial, o que compromete a comprovação da lesão corporal. Além disso, a denúncia de violência psicológica não foi solucionada.
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