Em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem respondeu cerca de 130 perguntas, negou ter dado ordens para um suposto esquema de monitoramento ilegal e responsabilizou ex-funcionários do departamento.
O delegado e deputado federal foi entrevistado por mais de seis horas nesta quarta-feira, na Superintendência Regional do Rio.
Aos investigadores, Ramagem atribuiu atividades irregulares de espionagem ao agente Marcelo Araújo Bormevet e ao militar Giancarlo Gomes Rodrigues. Na época da gestão na Abin, ambos foram designados para trabalhar na agência.
Em relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a PF expõe conversas entre Bormevet e Rodrigues a respeito da determinação de criação de dossiês contra autoridades.
Dois desses alvos, por exemplo, foram o delegado Daniel Rosa, da Delegacia de Homicídios do Rio, e a promotora Simone Sibilio do Nascimento, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. à frente das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, na época.
Aos ex-funcionários da Abin, a PF também imputa um diálogo sobre a possibilidade do então presidente Jair Bolsonaro (PL) assinar, em suas próprias palavras, “a porra do decreto”.
A referência seria a uma minuta de decreto que instala um Estado de Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) visando “garantir a preservação ou o pronto restabelecimento da lisura e regularidade do processo eleitoral presidencial para o ano de 2022”. .
Em seu depoimento, porém, Ramagem afirmou não ter conhecimento de qualquer tipo de monitoramento clandestino de figuras do Legislativo, do Judiciário ou de jornalistas.
Ramagem também foi questionado sobre um áudio que gravou de um encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, no Palácio do Planalto, em 25 de agosto de 2020, no Palácio do Planalto.
Na gravação, apreendida de seu celular no dia 25 de janeiro deste ano, é discutida uma investigação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”, bem como supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal no elaboração de relatório de inteligência fiscal que deu origem à investigação.
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