O deputado federal e pré-candidato a prefeito do Rio Alexandre Ramagem (PL) chegou à sede da Superintendência da Polícia Federal, na capital fluminense, por volta das 15h, para prestar depoimento no âmbito da investigação sobre a chamada “Abin paralela”. “.
O parlamentar chefiou a Agência Brasileira de Inteligência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e, segundo investigadores, teria comandado um esquema ilegal de monitoramento que espionava servidores públicos, adversários políticos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e jornalistas.
Esta será a primeira vez que Ramagem será ouvido formalmente sobre o caso. Ele chegou ao local sozinho, carregando uma pasta debaixo dos braços, e não falou com a imprensa. O deputado tem comício ao lado de Bolsonaro marcado para esta quinta-feira, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
Segundo as investigações, Ramagem foi responsável por comandar uma “estrutura paralela” montada dentro da Abin para monitorar e produzir dossiês contra adversários do governo Bolsonaro.
Ele deverá ser questionado pela PF sobre o material apreendido em seus endereços em janeiro deste ano, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizado pelo ministro Alexandre Moraes, do STF. Entre os arquivos, estão minutas feitas pelo deputado federal intituladas “presidente” e “presidente 2”, além de um relatório com informações sobre uma operação da Abin.
Um dos documentos contém a seguinte nota: “Fora isso, a PF tem que continuar trabalhando no desvio de recursos eleitorais do PSC, na lavagem de empresas e na corrupção administrativa e policial”. Em outro, há registro de que é preciso “contestar juridicamente a acusação de peculato, destruir a teoria de domínio do fato de Flávio como suposto mandante do esquema”.
A PF também interceptou conversas entre um militar e um policial federal lotado na Abin, dizendo que receberam ordens do “mestre” e do “patrão” para encontrar informações “podres” sobre parlamentares insatisfeitos com o governo Bolsonaro. O relatório da PF também atribui a Ramagem a determinação de agentes da Abin procurarem “podres”, “dívidas tributárias”, “verem as redes sociais da esposa” de funcionários da Receita Federal envolvidos na investigação da chamada “rachadinha” que visou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Nos aparelhos do ex-diretor da Abin, a PF encontrou a gravação de uma reunião no Palácio do Planalto que mostra ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro discutindo estratégias para anular o caso contra Flávio Bolsonaro. Em suas redes sociais, Ramagem afirmou que a gravação do áudio foi autorizada por Bolsonaro e que o arquivo “apenas reforça a defesa do devido processo legal, do inquérito administrativo, medida prevista em lei para qualquer caso de improbidade funcional”.
Em outro texto publicado em “Eles trazem uma lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem que são monitorados, mas na verdade não são. informações de pessoas, impressões pessoais de outras pessoas investigadas, mas nunca em um relatório oficial contrário à legalidade”, escreveu ele.
Delegado da PF, Ramagem foi diretor-geral da Abin entre 2019 e 2022. Nesse período, um programa secreto chamado Primeira Milha foi utilizado para monitorar a localização de pessoas consideradas opositoras ao governo. O uso irregular da ferramenta foi revelado pelo GLOBO.
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