Na última sessão deste primeiro semestre, os deputados aproveitaram para aprovar mais seis projetos que estavam em ordem do dia.
Na última sessão do primeiro semestre, os deputados aprovaram, nesta terça-feira (16), o projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2025. De acordo com o texto aprovado em versão final, o Projeto de Lei 120/2024 estipula meta para o próximo ano de R US$ 26,4 bilhões.
O texto agora segue para aprovação do governador Eduardo Riedel (PSDB), para aprovação das Diretrizes para Elaboração e Execução da Lei Orçamentária para o próximo ano.
Além de orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), a LDO estabelece as metas e prioridades da Administração do Estado, e dispõe sobre a política de aplicação dos órgãos oficiais de desenvolvimento financeiro e alterações na legislação tributária.
Em 2024, Mato Grosso do Sul apresentou, por meio da LDO, receita de R$ 25,488 bilhões, valor 15,7% superior ao de 2023, quando os recursos atingiram o patamar de R$ 22,030 bilhões. Outros sete projetos também foram votados hoje.
Na 2ª discussão
Projeto de Lei 143/2024 – que propõe estabelecer repasse do Incentivo Estadual à Saúde Comunitária, Controle de Endemias, Saúde Indígena e Agentes de Saúde Pública. O valor fixo inicial será equivalente a 15% do salário mínimo atual, ou seja, cerca de R$ 211,80, além de um adicional variável, a ser pago em 2026 de forma escalonada e que ainda será definido.
Projeto de Lei 144/2024que autoriza o Poder Executivo Estadual a contratar operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal (CEF), com garantia da União, e dá outras providências.
A autorização para contratação de crédito ocorre no âmbito do Programa de Assistência Habitacional por meio do Poder Público, Pró-Moradia, na Periferia Viva, modalidade Urbanização de Favelas, do Eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, com o objetivo de oferecer acesso à moradia adequada à população população em situação de vulnerabilidade social e com renda familiar mensal de até três salários mínimos. Vá para a segunda discussão.
Projeto de Lei 145/2024 – que autoriza o Poder Executivo Estadual a prestar contragarantia à União em operação de crédito interno a ser celebrada entre a Companhia de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) e a Caixa Econômica Federal (CEF), e dá outras providências. O objetivo, segundo a proposta, é obter garantias na operação de crédito interno, permitindo o acesso a recursos federais destinados ao financiamento de melhorias e ampliações dos serviços de saneamento básico nos municípios atendidos pela Sanesul, de acordo com o novo Marco do Saneamento. Vá para a segunda votação.
Projeto de Lei 148/2024 – visa aprimorar as regras relativas à presunção de incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços (ICMS) na aplicação de benefícios fiscais nos encargos relativos ao diferencial de alíquota e nas disposições relativas ao recolhimento do ICMS pelos contribuintes do Simples Nacional, entre outras disposições. Vai para uma segunda votação.
Projeto de Lei 149/2024 – aprovado por unanimidade e dispõe sobre formas excepcionais de pagamento de créditos tributários relativos ao ICMS, e dá outras providências. O objetivo é estabelecer formas excepcionais de pagamento dos créditos tributários relativos ao ICMS, Refis correspondentes aos fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2023, bem como conceder novo prazo para pagamento, em parcela única ou em mais de uma parcela, de a contribuição destinada ao Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundersul), nos termos especificados.
Projetos de Lei 152/2024 e 153/2024 – que tratam, respectivamente, do Estatuto e do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores Públicos do Poder Legislativo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Mais agendas aprovadas
Os deputados da Assembleia Legislativa aproveitaram a última sessão do primeiro semestre para aprovar mais seis propostas de autoria do Poder Executivo em uma segunda discussão.
O primeiro texto aprovado foi o projeto de lei que cria a Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação Básica do Estado de Mato Grosso do Sul (FADEB/MS).
Segundo os parlamentares, o objetivo deste projeto é capacitar a FADEB para formar profissionais e acadêmicos do ensino superior, para que, após a formação, possam atuar em projetos e programas por ela desenvolvidos, por meio de tutoria aos alunos. do Estado de Mato Grosso do Sul.
Também foi autorizado o novo repasse do Incentivo Estadual aos Agentes Comunitários de Saúde e demais profissionais afins, que segue a sanção.
A mudança trazida na prática é o aumento do valor do incentivo estadual a ser pago aos referidos agentes públicos; atualmente fixado em 50%, aumentará para até 100% do salário mínimo atual. Este incentivo consistirá num valor fixo equivalente a 15% do salário mínimo em vigor, acrescido de um valor variável, que será pago faseadamente até 2026.
Além disso, os deputados aprovaram a contratação de crédito junto à Caixa Econômica Federal (CEF), com garantia da União.
A segunda autoriza o Executivo a prestar contragarantia à União em operação de crédito interno a ser celebrada entre a Companhia de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) e a Caixa Econômica Federal. Ambos permanecem sancionados.
Por fim, ainda aprovado pelo Poder Executivo, o projeto de lei que trata, respectivamente, dos tributos de competência do Estado e do sistema de relacionamento, por meio eletrônico, da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-MS), com o cidadão ou pessoa jurídica , independentemente de pagarem ou não impostos estaduais.
E o segundo projeto prevê formas excepcionais de pagamento de créditos tributários relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), conhecido como Refis. Os assuntos seguem a sanção.
Tribunal de Contas do Estado
Ainda durante a sessão desta terça, os parlamentares aprovaram em segunda discussão o Projeto de Lei 128/2024, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS). A proposta altera a Lei 3.877/2010, que dispõe sobre a consolidação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Pessoal e cria funções comissionadas e cargos comissionados na estrutura funcional do órgão. O projeto continua sendo sancionado.
Mais diretrizes.
Outras duas propostas de autoria do Conselho de Administração da Alems também foram aprovadas em segunda discussão. O primeiro projeto trata do Estatuto do Servidor Público e do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores Legislativos Estaduais.
Outro projeto foi analisado, de autoria do Poder Judiciário, pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), que foi acatado por unanimidade, e tramitará regularmente na Casa de Leis. A questão tramita a pedido especial da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Mato Grosso do Sul (OAB/MS).
“Foi um pedido da OAB/MS para tramitar até o dia 11 de agosto, quando é comemorado o Dia do Advogado”, explicou Gerson Claro, presidente da Alems.
Entre as alterações propostas no projeto estão a cobrança das custas judiciais, que poderá ser diferida pelo juiz da causa, até após a satisfação da execução ou cumprimento da pena, quando comprovada, pelos meios apropriados, a impossibilidade financeira momentânea de sua arrecadação, mesmo que parcial, em ações envolvendo solicitações de alimentos, revisões alimentares e acidentes de trabalho.
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