No artigo publicado anteriormente, havia um erro no parágrafo sétimo quanto à data da decisão. Abaixo está o texto corrigido.
A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) entendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisará devolver o relógio de luxo que recebeu de presente durante seu primeiro mandato, em 2005. Conforme revelou o Estadão Em setembro do ano passado, Lula ganhou um Cartier Santos Dumont avaliado em R$ 60 mil. O relógio é feito de ouro branco 18 quilates e prata 750 e tem uma coroa encimada por uma pedra de safira azul. É um dos modelos mais clássicos da marca francesa.
A auditoria concluiu que os presentes de elevado valor comercial, mesmo que sejam considerados artigos muito pessoais, devem ser devolvidos à União. Mas, no caso de Lula, isso não foi recomendado, pois a área técnica avaliou que o entendimento não pode ser aplicado retroativamente. O parecer foi elaborado pela Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação (AudGovernança) do TCU.
Em 2016, a lista de presentes dados a Lula já havia sido objeto de processo no TCU. Na época, a Justiça determinou que o petista devolvesse a maior parte do que levou consigo. No total, Lula restaurou 453 peças, entre esculturas, pinturas, tapetes, vasos e louças. Alguns objetos de luxo permaneceram no acervo pessoal do petista e não foram destinados à União. É o caso do relógio Cartier. Isto aconteceu porque, na altura, a Presidência da República entendeu que o relógio teria um carácter muito pessoal. O TCU não contestou.
“A aplicação retroativa do referido entendimento poderia (em tese) macular o princípio da segurança jurídica”, explicou a unidade de auditoria do TCU, em parecer obtido pelo Estadão.
“Considera-se suficiente e oportuno, no presente caso, apenas, informar o GP/PR [Gabinete Pessoal da Presidência da República] que a incorporação no acervo documental particular dos presidentes da República de itens de caráter muito pessoal e de elevado valor comercial viola os princípios constitucionais da administração pública, especialmente a moralidade administrativa, bem como a razoabilidade”, concluiu.
O parecer complica a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também guardava relógios e artigos de luxo que recebia em missões oficiais como presidente da República. O TCU ainda não analisou o caso do ex-presidente. A Polícia Federal investiga possíveis crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
O entendimento do TCU de que presentes luxuosos, mesmo muito pessoais, devem ser devolvidos à União remonta a 2016. Em 2023, o tribunal indicou, em decisão, a devolução de relógios recebidos por ministros do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O relógio Cartier foi entregue a Lula em julho de 2005, segundo o TCU, pela própria fabricante de relógios – e não pelo governo francês – durante as comemorações, em Paris, do “Ano do Brasil na França”. O próprio Lula, durante transmissão ao vivo em julho do ano passado, havia dito que o relógio foi um presente do então presidente da França, Jacques Chirac. “Você sabia que esse relógio ficou perdido há 25 anos? Eu não sabia onde estava. Agora, quando fui trocá-lo, fui abrir a gaveta e estava lá”, disse ele.
A representação à Justiça foi feita pelo deputado federal Sanderson (PL-RS). O parlamentar fez referência, no pedido, a um relógio Piaget, avaliado em R$ 80 mil. Esse relógio, porém, não consta da lista de brindes oficiais, e a área técnica do TCU sentiu que não tinha espaço para avaliá-lo.
“Tendo em vista a descaracterização do relógio indicada na abertura da representação como presente entregue ao Excelentíssimo Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, no exercício de seu mandato como Presidente da República Federativa do Brasil, e, principalmente, por essa condição, bem como pela ausência de quaisquer outros elementos que indiquem que o referido objeto seja um bem público da União, é necessário reconhecer a improcedência da representação”, escreveu.
Como revelou o Estadão, a coleção particular de Lula também inclui um relógio suíço folheado a prata. O mostrador do item traz uma imagem do Coronel Muammar Gaddafi, ex-ditador da Líbia. Não há detalhes sobre a marca ou modelo do relógio. O presente foi entregue em Janeiro de 2003 pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros da Líbia, Abdelrahman Shalqam.
Lula ficou com um colar de ouro branco oferecido em abril de 2004 pela Citic Group Corporation, uma empresa estatal chinesa de investimentos. A joia traz detalhes em ouro amarelo e traz pingente em formato de gravata. O TCU não analisou esses itens.
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