Em meio à reunião que discutiu “caminhos” para a defesa do senador Flávio Bolsonaro na investigação sobre a apropriação de parte dos salários dos funcionários de seu gabinete na Assembleia do Rio e a estratégia para bloquear a investigação dos auditores da Receita Federal que tomaram Central de informações para enquadrar o parlamentar, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que se tratava de “caso de conversar com o chefe da Receita”. “Ninguém está pedindo favor aqui. [inaudível] É uma boa ideia conversar com o chefe do IRS. Tostes (José Barroso Tostes Neto).
Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e seu povo”. Ele citou especificamente um trecho retirado do áudio em que Bolsonaro diz que não buscaria o favor de ninguém.
A gravação do encontro faz parte dos arquivos da Operação Last Mile, que desmantelou a paralela Abin, grupo instalado na Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro. Nesta segunda-feira, 15, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, levantou o sigilo do áudio.
O conteúdo da conversa indica que o ex-presidente e então diretor da Abin, delegado Alexandre Ramagem, planejou uma forma de bloquear a investigação sobre Flávio Bolsonaro e a ‘rachadinha’.
O general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também participou do encontro, ocorrido em agosto de 2020, um mês após a prisão de Fabrício Queiroz – ex-assessor de Flávio – no escritório do advogado Frederick Wassef, em Atibaia, na Grande São Paulo.
Na reunião, que durou uma hora e oito minutos, Bolsonaro também propôs uma conversa com ‘Canuto’. Ele diz que seria do Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados, aparentemente em confusão com a Dataprev, onde estava localizado o ex-ministro Gustavo Canuto. “Ele era meu ministro e foi para lá. Não tem problema nenhum. Não tem problema em falar com ele. Não terá problema em falar com Canuto”, afirmou, referindo-se ao ex-ministro.
Dois advogados de Flávio também estiveram na reunião onde foi discutido um plano para cancelar a investigação das ‘rachadinhas’.
“É apropriado conversar com Canuto?” perguntou Bolsonaro na época. O advogado de Flávio concordou: “Com um clique. Olha, em tese, com um clique você descobre se um funcionário da Receita Federal [inaudível] esses acessos lá.”
Heleno avisou: “Tente avisar ele que ele tem que manter isso bem fechado. Chame gente de confiança. Se vazar…”
Bolsonaro concorda e acrescenta: “Isso mesmo. E sejamos claros, nunca sabemos se alguém está gravando alguma coisa, que não estamos buscando favor de ninguém”.
Ao tornar público o áudio, Moraes esclareceu que alvos da quarta fase da Operação Last Mile solicitaram acesso aos registros – o que inclui a gravação. Nessa linha, o ministro do STF alertou que a divulgação parcial e até mesmo a manipulação do arquivo “tem o potencial de gerar inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas em detrimento de informações corretas à sociedade”. Com esse argumento, Moraes retirou o sigilo do áudio.
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