O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, disse à Comissão de Ética da Câmara, nesta segunda-feira, que nunca conversou com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados ao lado dele como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco ( PSOL).
Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, Rivaldo definiu as milícias que atuam no Rio de Janeiro como “um câncer” e afirmou ter fornecido as senhas de seus aparelhos eletrônicos para que o fato fosse investigado. Ele reiterou que os irmãos Brazão estão sendo investigados pela Polícia Civil do Rio.
— Nunca tive contato com essas pessoas, nunca tive contato com os irmãos Brazão. A milícia é um câncer que causa mortes. Lutei durante anos contra essas forças e hoje estou aqui, prestando depoimento, preso em uma penitenciária federal. Dei voluntariamente as senhas do meu celular e computador quando fui preso, para que investigassem e verificassem que nunca falei com o Brazão.
E ele continuou:
— Tudo o que fiz, como delegado, foi nomear o delegado Giniton Lages, que liderou as investigações sobre a morte de Marielle e chegou a Ronnie Lessa, que disparou os tiros que mataram Marielle e Anderson. Giniton é um dos mais bem preparados para isso. Ele pode responder mais sobre detalhes da investigação — disse o policial.
Rivaldo, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e Chiquinho são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de terem planejado o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro.
Rivaldo prestou depoimento por ter sido testemunha do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), alvo de processo de impeachment na Casa Legislativa, pelo mesmo motivo.
Na sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou Domingos e Rivaldo a prestarem depoimento por videoconferência. Os dois estão em prisão preventiva desde março, assim como Chiquinho.
Se os depoimentos não terminarem esta segunda-feira, continuarão esta terça-feira, altura em que o próprio Chiquinho Brazão também deverá ser ouvido pela vereação.
A defesa do deputado federal já apresentou outras testemunhas que acabaram não aparecendo, como o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou ter participado do assassinato.
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