A situação de Júlio Cals de Andrade na Cruz Vermelha só piora. Ele teve derrotas consecutivas na Justiça – a última na semana passada, que o levou ao afastamento definitivo da presidência da ONG. Há suspeita de desvio de recursos, assédio moral, gastos exorbitantes, nepotismo – o irmão é diretor de TI e empregou uma namorada com aumento de salário. Até a investigação, ainda sob sigilo interno, de uma suástica em um quadro na parede de sua sala está na lista. São dezenas de milhões de reais em questão. No Rio Grande do Sul, representantes da Cruz Internacional o evitaram nas fotos. A decisão judicial desta segunda-feira (8), do TJDFT, confirmou o desdém antecipado dos voluntários: “Determinar todos os setores do Órgão Central e todos os afiliados a se absterem de cumprir as ordens do presidente afastado”.
Tome cuidado, Bolívia
Há algo estranho no ar no Palácio Quemado, em La Paz. Duas semanas depois de sofrer uma tentativa de golpe militar para destituí-lo do cargo, o presidente Luiz Arce estaria coordenando com seu comando do Exército (os fiéis) a declaração do Estado de Sítio, diz manchete do jornal “Sol de Pando”. Quem entende do assunto sabe que as grandes ditaduras civis que se perpetram nasceram de cenários como este, disfarçados de democracia.
Geller foi, mas ficou
O escândalo do leilão de arroz da Conab apenas afastou o marido, Neri Geller, do cargo no Ministério da Agricultura. Ainda desfilando pelos arrozais (ops, pelas salas) está sua esposa Juliana Geller, assessora especial do presidente na empresa, em cargo terceirizado. O presidente da Conab, Edegar Pretto, a detém e afirma aos aliados que ela não é confiável.
Ciúme bateu
Caiu o respeito do presidente Lula da Silva por Fernando Haddad – o que ele não revelará a ninguém. Mas quem desfila pelas portas da Av. Faria Lima, o coração financeiro do Brasil, sabe que isso se deve ao ciúme do patrão pela proximidade do Ministro da Fazenda com os banqueiros. Barba, porém, não trocaria Haddad por ninguém.
Volte, pessoal
Desde a pandemia da Covid-19, a Procuradoria-Geral da República ficou com muitas salas vazias e a administração reduziu as normas para exigir que um percentual mínimo de funcionários trabalhe presencialmente. Mas a grande maioria mantém o “direito adquirido” e quer continuar a trabalhar a partir de casa.
Quão saudável
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, (ainda) não foi demitida porque a disputa na base pela vaga prejudicará a governabilidade de Lula III. Outro motivo é que o PT, que controla a pasta, se sente atendido pelo secretário-executivo Swedenberger Barbosa, Berger, ex-secretário de Agnelo Queiroz e pelo nome de José Dirceu na pasta.
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