O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que pretende levar à Justiça o caso de monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra autoridades que atuaram na CPI da Covid. O parlamentar, que foi relator da comissão, disse que poderia ingressar como subprocurador, “inclusive em tribunais internacionais”, contra a “escuta telefônica” que supostamente atrapalhou o andamento da investigação sobre a gestão do governo durante a pandemia.
Em postagem feita nesta sexta-feira no X, o senador também sugeriu que as revelações da investigação podem levar à reabertura dos inquéritos da CPI “engavetados” pelo ex-procurador-geral Augusto Aras.
“Irei à Justiça, inclusive nos tribunais internacionais, como assistente de acusação no escândalo da Abin. As escutas telefônicas na cúpula da CPI mostram que a investigação pode ter sido prejudicada pela atuação marginal de órgãos do Estado. Novos fatos para a PGR reabrir peças arquivadas pela [Augusto] Aras (ex-procurador-geral da República)”, escreveu o senador.
Espionagem contra parlamentares da CPI da Covid
A PF confirmou esta semana que integrantes da Abin paralela promoveram “desinformação” contra os três senadores que integravam a comissão. Segundo a corporação, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM); o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP); e o relator, Renan Calheiros.
A investigação descobriu uma troca de mensagens, nas quais o policial federal Marcelo de Araújo Bormevet, que trabalhava na Abin, dizia ao seu subordinado Giancarlo Gomes Rodrigues que o “Mestre” lhe havia pedido para “consultar os processos judiciais dos três senadores patetas do circo”.
Ainda segundo Bormevet, era preciso “limpar com habilidade os podres”. O relatório aponta que a expressão “Mestre” estava “potencialmente ligada” a Ramagem, por ser este o seu “superior hierárquico”.
O relatório produzido pela PF destaca ainda que as informações sobre a contratação de Aziz foram publicadas em perfil identificado por eles como “nosso” e replicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“A disseminação da desinformação produzida contra senadores da República em razão de suas respectivas atuações na CPI da Covid com o intuito de constranger as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito foi realizada, por corolário lógico, em benefício do núcleo político”, diz o relatório .
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