Justiça concede mais 90 dias para polícia investigar Pablo Marçal por tentativa de homicídio

A Polícia Civil terá mais 90 dias para investigar o pré-candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, (PRTB), por tentativa de homicídio privilegiado. Alvo de uma investigação policial, Marçal é investigado por liderar um grupo de pessoas durante uma subida ao Pico dos Marins sem as devidas condições.

A Polícia de São Paulo comunicou a investigação ao Ministério Público, que solicitou novas providências. Diante disso, o Tribunal concedeu novo prazo de mais 90 dias para aprofundar as investigações.

A suspeita é que o grupo de 32 pessoas não tivesse equipamentos adequados para escalar o pico, cujo cume fica a 2.421 metros acima do nível do mar, durante forte vendaval. O Pico dos Marins está localizado na Serra da Mantiqueira, na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo.

O caso é investigado desde aquele ano pela Polícia Civil de Piquete, cidade do interior de São Paulo. Com o novo prazo, a investigação deverá ser concluída próximo ao primeiro turno das eleições municipais de 2024, que acontecem no dia 6 de outubro.

Durante a subida, parte do grupo passou mal e o excursionista teve que ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros. Segundo o portal Metrópoles, o pré-candidato, que na época era treinador, cobrou R$ 3 mil pelos treinos na montanha.

Ele começou a ser investigado por tentativa de homicídio privilegiado, quando o ato foi mitigado por ter sido cometido sob fortes emoções. Em dezembro de 2022, um primeiro inquérito policial sobre o caso não conseguiu apurar a responsabilidade de Marçal no ocorrido, mas seu resultado foi questionado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por se tratar, segundo a decisão, de uma investigação prematura e ineficaz . .

O pré-candidato está proibido pelo Tribunal de realizar qualquer atividade em montanhas, picos, rios, lagos, mares ou em locais afins que envolvam ele ou outras pessoas sem autorização da Polícia Militar.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que “o inquérito policial foi comunicado ao Poder Judiciário, que solicitou novas medidas, atualmente em curso pela unidade policial. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.”

Procurados, os assessores de Marçal ainda não responderam. O espaço permanece aberto.