A reforma do Novo Ensino Secundário, aprovada na passada terça-feira, permitiu a utilização de trabalho remunerado ou voluntário para cumprimento da carga horária do ensino secundário a tempo inteiro.
O texto que será aprovado pelo presidente Lula prevê ainda, nos três anos da última etapa do ensino básico, mais aulas de disciplinas tradicionais, como Matemática e Português.
De acordo com a redação do texto, “para efeito do cumprimento das exigências curriculares do ensino secundário a tempo inteiro”, as escolas podem “excepcionalmente” reconhecer aprendizagens, competências e habilidades desenvolvidas pelos alunos em experiências extracurriculares.
A lei também define que essas experiências devem estar “relacionadas ao currículo do ensino médio” e que as redes de ensino devem definir formas pelas quais os alunos possam demonstrar essas atividades.
As experiências incluem, além do trabalho remunerado e voluntário, a participação em programas de aprendizagem profissional; a realização de cursos de qualificação profissional, desde que comprovados por certificação; e participação comprovada em projetos de extensão universitária ou de iniciação científica ou em atividades de gestão em grêmios estudantis.
— A alternativa agora é Lula vetá-lo ou regulamentá-lo em decreto regulamentador. Mas, neste segundo caso, os estados ainda teriam a possibilidade de escolher caminhos diferentes — disse Daniel Cara, líder da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que critica essa possibilidade.
Esse foi um dos pontos que constava do texto original da Câmara, foi alterado pelo Senado e restabelecido pelos deputados.
No relatório de Mendonça Filho (União – PE), ele justifica a mudança afirmando que “a escrita da Câmara parece moderna e conectada com os desafios educacionais presentes e futuros”.
Mendonça afirma ainda que “do ponto de vista da técnica legislativa, recomenda-se elencar uma lista abrangente de experiências extracurriculares – conforme o texto da Câmara dos Deputados – ao invés de uma lista exemplar utilizada pelo Senado Federal, usando a expressão “como”, por exemplo”.
Na opinião de Olavo Nogueira Filho, diretor-executivo do Todos Pela Educação, o Senado aprimorou a redação desse ponto.
— Isto já foi alertado por alguns atores que representa riscos e não foi corrigido. É um ponto que as regulamentações estaduais precisam ficar atentas para não permitir que seja utilizado de forma inadequada pelas redes — afirmou.
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