O ministro do Empreendedorismo, Microempresas e Pequenas Empresas do Brasil, Márcio França (PSB), disse que não há espaço para mudança do nome do vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, caso o petista seja candidato à reeleição em 2026 A afirmação foi dada em entrevista ao. CNN neste sábado, 6. Segundo França, a atuação de Geraldo Alckmin (PSB) tem sido bem avaliada pelos partidos, o que afastaria a possibilidade de mudança na aliança entre PT e PSB.
“Alckmin é um vice perfeito. Não tem espaço para troca de vice nesse cenário. Lula é experiente. Todo mundo acha que é a vez dele, quando não tem movimento isso está consolidado”, diz o ministro.
Sobre a vaga de vice-presidente, França descartou a possibilidade de candidatura do seu partido nas próximas eleições e reforçou a aliança com os petistas. Questionado sobre uma possível indicação do MDB, o ministro disse ter “dúvidas” sobre qual será a posição do partido caso Nunes vença. “O MDB no Nordeste, com Renanzinho (Renan Filho), e no Norte, com os Barbalhos, trabalham para Lula”, diz.
Apesar da consideração, o ministro prevê que o MDB paulista poderá ser o principal adversário de Lula. “Ricardo Nunes, eventualmente reeleito, significa que esse polo paulista vai produzir, junto com o governo do Estado, um ovo de cobra. É de onde virá o principal adversário de Lula”, afirma França.
Eleições de 2026
Ex-governador de São Paulo, França diz ter dificuldade em criar projeções sobre a atuação de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo Palácio do Planalto, mas afirma que o atual governador de São Paulo teria a vantagem de ser um “herdeiro “do apoio da direita brasileira.
“Tarcísio não é um velho, é jovem, teria tempo para fazer uma transição e certamente surgiria como um herdeiro político desse núcleo. Porque ele não é exatamente aquele típico bolsonarista, mas também pisca para o lado para ser conseguir chegar a esse eleitorado”, diz.
Para ele, se Tarcísio insinuar interesse em concorrer às eleições, o “grupo que hoje comanda a prefeitura e o governo do estado vai empurrá-lo para a disputa, assim como fez com João Dória”.
Novos desdobramentos
O integrante da comissão executiva do PSB destacou ainda que o governo discute a possibilidade de criação de uma Desenrola para quitar dívidas públicas. Segundo França, o programa poderá facilitar o acesso ao crédito para novos empreendedores.
“O Brasil tem pelo menos R$ 500 bilhões em dívidas protestadas e o cenário impede a criação de novas empresas no país”, afirma. Dessa forma, ele acredita que o novo Desenrola permitiria a negociação direta entre os órgãos de protesto e o governo federal.
O programa, segundo França, pretendia “incentivar as pessoas” a terem acesso mais fácil ao crédito. “Se você oferecer desconto de 10% à vista, vai ter muita gente que vai descontrair. Se descontrairmos as pessoas com o governo, vamos facilitar novos créditos”, afirma.
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