O Exército Brasileiro incorporará tecnologia capaz de equipar os drones Nauru 1000C – adquiridos pelas Forças Armadas da empresa brasileira XMobots – com mísseis. Será o primeiro drone das Forças Armadas com poder ofensivo. Espera-se que os primeiros testes armados de Nauru ocorram em 2025.
O Exército planeja adquirir sistemas equipados com mísseis até 2027, no atual ciclo de planejamento estratégico da Força. Atualmente, os drones de Nauru já contam com sistema de câmeras, podem atingir velocidade de 110 quilômetros por hora e ter autonomia de dez horas. Eles são usados para reconhecimento aéreo de esconderijos, vigilância de alvos e missões de inteligência. Com a nova tecnologia, os sistemas ganham poder ofensivo.
O Nauru 1000C – que será equipado com um míssil – tem envergadura de quase oito metros e comprimento de três metros. O drone possui oito motores com baterias independentes, permitindo decolagens e pousos verticais automáticos e possibilitando decolagens e pousos em ambientes críticos.
Segundo o Exército, a versão armada do Nauru está em “fase final de avaliação”.
“As capacidades relacionadas aos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), mais conhecidos como drones, fazem parte do escopo de três Programas Estratégicos do Exército Brasileiro: Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), Aviação do Exército (AvEx) e Astros. um plano para obter, ainda no atual ciclo de Planeamento Estratégico do Exército (2024-2027), sistemas equipados com mísseis, baseados na plataforma NAURU 1000 (XMOBOTS), cuja versão ISR se encontra em fase final de avaliação”, confirma o Exército.
O primeiro drone Nauru foi recebido pelo Exército em dezembro de 2022 no 2º Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx), em Taubaté (SP). Na altura, o General do Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, então Comandante Militar do Sudeste, disse que os drones seriam utilizados “em operações de fronteira, operações em ambientes urbanos e em operações convencionais”.
“Está colocando o Exército Brasileiro em outro patamar em termos de tecnologia, inteligência e aquisição de alvos. Essa tecnologia nos ajudará muito nas operações na faixa de fronteira, nas operações em ambientes urbanos e até nas operações convencionais”, disse o General Tomás.
Como mostra o Estadãoa compra de drones e a continuidade dos projetos estratégicos existentes para a modernização do Exército – como o sistema de foguetes Astros – estão gradativamente recuperando a atenção dos militares para o dia a dia no quartel, desviando a tropa de assuntos relacionados à festa política.
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