![Lula e Eduardo Paes trocam elogios em entrega de projeto de habitação no Rio Por Estadão Conteúdo Lula e Eduardo Paes trocam elogios em entrega de projeto de habitação no Rio Por Estadão Conteúdo](https://i2.wp.com/i-invdn-com.investing.com/news/moved_LYNXNPEI450LC_L.jpg?w=1200&resize=1200,0&ssl=1)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste domingo, 30, que quem quer dinheiro do governo federal, em vez de fazer discursos, deve fazer projetos. “E é por isso que estamos com a prefeitura do Rio de Janeiro. Faço com que o dinheiro chegue à cidade do Rio de Janeiro.”, afirmou ao lado do prefeito Eduardo Paes (PSD), pré-candidato à reeleição, durante a entrega de unidades habitacionais do programa Morar Carioca no bairro Santa Cruz, zona oeste do Rio.
Lula elogiou Paes, dizendo que ele é o melhor gestor e prefeito do Brasil. “Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza, mortalidade infantil, fome. Pouco dinheiro na mão de muitos faz a economia girar. E é neste país que Dudu [Eduardo Paes] criarei aqui. Quero parabenizá-lo”, disse ela.
O presidente tem usado propagandas do governo federal para reforçar sua ligação e tentar impulsionar candidatos por ele apoiados nas eleições municipais. Desde quinta-feira, 30, ele está nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Contagem, onde estão os pré-candidatos do PT, além de São Paulo, onde o partido apoia Guilherme Boulos (PSOL), e agora no Rio de Janeiro, com Paes.
O prefeito do Rio é a aposta de Lula para derrotar Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e aliado de Jair Bolsonaro (PL). Pesquisa Quaest divulgada no dia 18 de junho mostra que Paes tem 51% das intenções de voto e pode vencer a disputa no primeiro turno. Ramagem, segundo colocado, tem 11%.
Paes retribuiu os elogios a Lula, agradeceu a ajuda na execução de projetos como o BRT, sistema de transporte que atende a zona oeste da cidade, e disse que o presidente “é o cara que nos permite sonhar e fazer grandes coisas por as nossas pessoas mais pobres”. O prefeito destacou que o Rio foi o destino do maior número de viagens de Lula neste ano e disse que o presidente tem uma “quedinha” pela cidade.
“Vemos discussões no Brasil sobre nada. Cada vez que falamos de eleições, as pessoas discutem coisas que não têm nada a ver com a vida real. As pessoas sentiram em primeira mão o que foi a ausência de governo e de prestação de serviços. foi ver o sofrimento do povo. É impossível um prefeito governar sem a ajuda da presidência”, disse Paes, que ainda não decidiu quem será seu vice para a reeleição.
Lula diz que ‘decidiu perdoar’ Paes após críticas no Congresso
O presidente Lula disse que, quando conheceu Paes, “nem a dona Marisa [ex-primeira-dama] Queria apertar a mão dele”, mas por ter “espírito político”, resolveu ajudar a torná-lo prefeito da capital carioca. “Eu não conhecia o Eduardo, mas sabia que ele, como deputado , me bateu muito. Ele bateu, mas bateu mesmo. Em 2008, o governador do Rio de Janeiro me apareceu [Sérgio Cabral Filho] com esse número e me perguntou: ‘Presidente Lula, estou aqui com o candidato Eduardo, sei que vocês têm divergências, mas acho que seria importante a gente ajudá-lo a vencer as eleições’, fiquei calado”, disse Lula. Segundo ao presidente, após esse encontro, Paes enviou uma carta pedindo desculpas e ele decidiu perdoar as críticas e apoiar seu projeto político.
“Eu ajudo o Rio, sabe por quê? Porque o Rio de Janeiro é a cara do Brasil. Quando você vai a qualquer país do mundo, no Brasil as pessoas lembram do Rio de Janeiro. Ou lembram de Ipanema ou Copacabana ou Pão de Açúcar (BVMF :). E agora, lembre-se do Dudu”, disse, referindo-se ao prefeito.
O empreendimento entregue por Paes e Lula tem 704 unidades residenciais e deverá beneficiar quatro mil pessoas, com investimento de R$ 243 milhões. Também participaram do evento o ministro da Defesa, José Múcio, e a presidente do Banco do Brasil (BVMF:), Tarciana Medeiros.
No sábado, 29, Lula realizou dois eventos com Boulos e deixou clara a disputa eleitoral contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que apoia o emedebista e já foi apontado pelo presidente como possível adversário nas eleições presidenciais de 2026.
Um dos eventos teve como objetivo anunciar o financiamento do governo federal para a ampliação da linha 5 Lilás do metrô até o Jardim Ângela, na zona sul da capital paulista. A obra é executada pelo governo de São Paulo e o aditivo com a concessionária para execução da construção foi assinado na semana passada por Tarcísio.
Lula, porém, disse que não faria o anúncio porque tanto o governador quanto o prefeito não compareceram ao evento do governo federal no Jardim Ângela. O chefe do Executivo paulista está no exterior em busca de investimentos para privatizar a Sabesp (BVMF :), enquanto Nunes se ausentou por considerar o ato político a favor de Boulos, que falou como representante da bancada federal paulista.
O Palácio dos Bandeirantes afirma ter solicitado financiamento para 50% da obra, estimado em R$ 3,4 bilhões, via Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), mas que o governo Lula ainda não respondeu se o banco concederá o empréstimo. Além disso, o governo do Estado afirma que a obra já está contratada e será executada mesmo que não haja financiamento federal.
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