O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou neste domingo (30) a interrupção de programas sociais e obras públicas em governos anteriores. Ao participar da cerimônia de entrega da habitação popular de um programa habitacional da prefeitura do Rio de Janeiro, Lula lembrou que criou o Minha Casa, Minha Vida em 2009 e encerrou o segundo mandato (2010) com 1 milhão de inscritos.
“Já conseguimos construir 7,8 milhões de casas”, disse o presidente, antes de criticar a condução do programa em governos passados.
“Infelizmente houve um período turbulento neste país e tivemos um governo que se esqueceu de fazer coisas pelo povo e começou a contar mentiras a essas pessoas. Quando voltei, encontrei 87 mil casas que tinham sido iniciadas em 2011, 2012 e 2013, completamente abandonadas”, lamentou, sem citar nomes de ex-presidentes.
Lula disse que, há poucos dias, entregou moradias públicas em Fortaleza, que deveriam ter sido entregues em 2018. “Não houve governo com decência para respeitar o povo e entregar essas casas”, disse.
O presidente afirmou ainda que, ao assumir o terceiro mandato, retomou uma série de obras públicas interrompidas. “Só nas escolas, quase 6.000 projetos de construção foram interrompidos neste país. Na saúde, quase 3 mil. Este país foi abandonado porque governar não é mentir, não é falar, governar é fazer.”
Ele também criticou a redução pela metade do número de profissionais do programa Mais Médicos. “Temos hoje 23 mil médicos. Quando voltei à Presidência da República, tínhamos apenas 12.500 médicos. Hoje temos 26,5 mil”, contextualizou.
“As pessoas mais humildes, os trabalhadores, só são lembrados em época de eleições. Em época de eleições, fala-se muito dos pobres no palanque, todo mundo gosta dos pobres, elogia os pobres e fala mal dos banqueiros e dos empresários, porque a maioria é pobre e a maioria tem voto. Depois das eleições essas pessoas nunca mais vão se lembrar dos pobres”, criticou.
Apartamentos populares
Lula participou da entrega de unidades populares do programa Morar Carioca. Neste domingo, foram entregues os primeiros 16 dos 704 apartamentos de um conjunto habitacional. No total, serão 44 prédios, cada um com 16 apartamentos. Outros quatro estão em fase de fundação. A previsão é concluir as entregas até 2026, quando cerca de 4 mil pessoas terão sido beneficiadas.
O condomínio está localizado na comunidade do Aço, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, a cerca de uma hora e meia de carro do centro da cidade. A favela foi criada no final da década de 1960, quando moradores afetados pelas enchentes foram realocados para moradias improvisadas que deveriam ser temporárias.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, explicou que, à medida que as famílias são transferidas para novas propriedades, as casas antigas serão demolidas e darão lugar a novas construções.
O investimento da prefeitura é de R$ 243 milhões, financiado pelo Banco do Brasil.
O presidente Lula criticou alguns conjuntos habitacionais populares em que os apartamentos não possuem recursos como varanda e espaço para mesa de jantar.
“Vamos acabar com o preconceito contra as pessoas mais humildes. O cara que levanta 5h para trabalhar, pega ônibus por duas horas e depois volta para casa e chega às 20h, esse cara precisa ter respeito, [tem que] trate esse cara com decência”, disse o presidente.
Ao público de moradores da região, Lula relembrou a época em que morava em moradias precárias, com apenas um banheiro para muita gente.
“Quando saí de Pernambuco para São Paulo, a primeira casa que fui morar era um quarto e uma cozinha nos fundos de um bar, onde o banheiro que minha família usava – minha mãe e oito filhos – era o banheiro que as pessoas usavam . as pessoas que bebiam no bar usavam”, lembrou, e depois disse que morava em uma casa de 33 metros quadrados.
“Digo-lhe isto para que saiba que não tem um estranho no seu ninho como Presidente da República”, declarou.
Roda da economia
O presidente afirmou que o governo voltado para os pobres não é uma ameaça para os ricos.
“Não queremos tirar nada de ninguém, [que] ninguém que seja rico deveria ter medo de nós. Queremos que os empresários produzam, que os empresários ganhem dinheiro, porque, se estiverem a produzir e a ganhar dinheiro, vão contratar trabalhadores, vão pagar salários, o trabalhador vai tornar-se consumidor. Quando o trabalhador vira consumidor, ele vai na loja, compra alguma coisa, a loja vai contratar outro funcionário, a loja vai contratar alguma coisa da empresa e assim a roda da economia começa a girar e todos participam”, destacou.
“Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza, analfabetismo, mortalidade infantil, fome, miséria, porque tem muito dinheiro na mão de poucos, é concentração de riqueza. Mas um pouco de dinheiro na mão de muitos muda o jogo, todo mundo vai poder comprar um pouco, comer melhor, todo mundo vai na padaria, toma um café, e a economia vai virar”, avaliou.
No evento em que elogiou o prefeito Eduardo Paes, “possivelmente o melhor gestor municipal que este país já teve”, Lula disse que a chave para os municípios terem acesso aos recursos do governo federal é apresentar bons projetos.
“Quem quer dinheiro do governo federal, não faça discurso. Apresentar um projeto, porque se o projeto estiver bem apresentado e for algo que possa ser feito, não há razão para o Presidente da República deixar de passar dinheiro.”
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