O recuou frente a outras moedas fortes em geral nesta segunda-feira, 24, em um dia com agenda de dados modesta e investidores com maior expectativa por novidades ao longo da semana, como a leitura do Índice de Preços de Despesas de Consumo (PCE, na sigla em inglês). ) nos Estados Unidos. O iene, por sua vez, teve alguma trégua, perto da estabilidade, mas permanece em foco dadas as perdas recentes e as considerações sobre se poderá haver mais intervenção cambial para apoiá-lo. Entre as moedas emergentes, o dólar no mercado paralelo argentino registrou novo recorde nominal, no dia da publicação dos dados fracos do Produto Interno Bruto (PIB) argentino no primeiro trimestre.
No final da tarde em Nova York, o dólar subia para 159,64, subindo para US$ 1,0739 e a libra subia para US$ 1,2689. O índice, que mede o dólar frente a uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,31%, aos 105.473 pontos.
As declarações dos bancos centrais estiveram em foco. Entre os dirigentes da Reserva Federal (Fed, banco central norte-americano), Mary Daly, presidente do distrito de São Francisco, afirma que a situação irregular da inflação ainda não permite a confiança necessária numa queda sustentável dos preços.
Austan Goolsbee (Chicago) comentou que, se aparecerem mais meses como os do passado na inflação, será possível questionar se o grau de aperto monetário não é excessivo, ou seja, o caminho para cortes de juros poderá ser aberto.
Num relatório, a S&P Global diz que reviu a sua posição em relação às taxas de juro dos EUA, projectando agora que cairão menos até ao final do próximo ano. Para a agência, o primeiro corte do Fed só acontecerá em dezembro.
A moeda do Japão foi outro foco importante. O Commerzbank afirma num relatório que, dada a fraqueza do iene, com o dólar mais uma vez próximo da marca dos 160 ienes, o debate sobre a potencial intervenção japonesa para conter a moeda está a ser retomado.
Segundo o banco alemão, no entanto, as autoridades não querem necessariamente defender um nível na sua estratégia, mas podem ter maior interesse em reduzir movimentos abruptos na taxa de câmbio, permitindo que exportadores e importadores se ajustem a novos níveis,”para que pelo menos os custos do ajustamento económico podem ser minimizados pela taxa de câmbio”.
Para o Commerzbank, resta saber qual é a estratégia japonesa, mas o banco não descarta que o dólar possa valorizar-se ainda mais face ao iene.
Entre os mercados emergentes, na Argentina, o presidente Javier Milei negou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) esteja apresentando desvalorização cambial, conforme noticiado nos últimos dias no país. Segundo ele, há falsas especulações de setores interessados no avanço do dólar. Na agenda local, a leitura oficial apontou queda de 5,1% no primeiro trimestre do PIB argentino, na leitura preliminar, em relação ao mesmo período do ano passado. No mercado paralelo local, o chamado dólar azul chegou hoje a 1.330 pesos. No câmbio oficial, na época citado, o dólar subiu para 908,7550.
O dólar ainda estava em alta em 18,1200 rands. Na África do Sul, houve um impasse na formação do gabinete do novo governo de coligação, liderado pelo Presidente Cyril Ramaphosa, com disputas por mais espaço entre os membros da coligação.
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