Após breve queda na abertura desta segunda-feira, 17, o mercado spot começou a subir. Os investidores avaliam a valorização dos rendimentos do Tesouro, o aumento das projeções de inflação do mercado para este e o próximo ano no Focus e operam sob cautela fiscal.
O mercado aguarda nesta segunda-feira algum anúncio de medidas de revisão de gastos do governo e, na quarta-feira, 19, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para a taxa Selic, com apostas majoritárias na manutenção do atual patamar de 10,50% ao ano e com pontuação unânime.
O foco está na reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros que compõem a Diretoria de Execução Orçamentária, e a expectativa é que corte de despesas esteja na pauta da reunião em busca do equilíbrio fiscal neste ano e no próximo. Também está prevista a apresentação pelo Senado nesta semana de medidas compensatórias pela prorrogação da isenção da folha de pagamento para empresas e municípios. Também pesa em relação ao real a queda de 1,63% nos dados sobre a produção industrial e as vendas no varejo na China, ficando aquém das previsões dos analistas. Além disso, o Banco Central Chinês (PBoC) manteve a taxa de juro da sua linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sinalizando que as taxas de juro de referência da China não deverão sofrer alterações esta quarta-feira.
Logo na abertura, o dólar à vista apresentou viés de baixa, com conquista após subir 1,08% na semana passada e dada a acomodação externa do índice do dólar frente às demais principais moedas e leve alta do .
Lá fora, os investidores aguardam comentários das autoridades do Fed, além das decisões sobre taxas de juros esta semana do Banco da Inglaterra e do Banco Central Chinês. Hoje, há eventos marcados com o presidente do Fed de Nova York, John Williams (13h); O presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker (14h) e a diretora Lisa Cook (22h). O presidente da Reserva Federal de Minneapolis, Neel Kashkari, disse no domingo que a previsão do mercado financeiro de que a autoridade política reduzirá as taxas de juro uma vez em 2024 é “razoável” e deverá ocorrer “provavelmente mais perto do final do ano”.
Anteriormente, o Fed de Nova York informou que o índice de atividade industrial do Empire State subiu para -6,0 em junho, em comparação com uma previsão de -8,4.
No boletim Focus, as projeções para o IPCA para 2024 subiram de 3,90% para 3,96%; e para 2025, de 3,78% para 3,80%, enquanto para 2026 e 2027 permaneceram em, respectivamente, 3,60% e 3,50%. A estimativa para a Selic ao final de 2024 passou de 10,25% para 10,50% ao ano; e para o final de 2025, de 9,25% para 9,50% ao ano, sendo mantido em 9,00% para o final de 2026 e 2027. A previsão de crescimento do PIB para 2024 desacelerou de 2,09% para 2,08%, e para o crescimento do PIB em 2025 permanece em 2,00%. A taxa de câmbio para 2024 passa de R$ 5,05 para R$ 5,13; e para 2025, de R$ 5,09 para R$ 5,10.
Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,83% em junho, após subir 1,08% em maio. O resultado superou a estimativa mediana dos analistas do mercado financeiro, calculada em 0,77%, e ficou na faixa, entre 0,60% e 0,88%, da pesquisa Projeções Broadcast. Com isso, o IGP-10 acumula alta de 1,18% neste ano. A taxa acumulada em 12 meses foi positiva em 1,79%.
Às 9h36 desta segunda, o dólar à vista subia 0,41%, a R$ 5,4039. O de julho ganhou 0,48%, a R$ 5,4085.
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