Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista registrou a quarta sessão consecutiva de queda no Brasil nesta segunda-feira, aproximando-se novamente de 5,50 reais, em sessão marcada pela queda da moeda norte-americana também no exterior, em meio ao aumento das expectativas de uma moeda mais agressiva corte da taxa de juros nos EUA esta semana e a divulgação de dados fracos sobre a economia chinesa.
O dólar à vista fechou em queda de 1,01%, cotado a 5,5111 reais. Nos últimos quatro dias úteis, a moeda norte-americana acumulou queda de 2,55%.
Às 17h25, na B3 (BVMF:) o contrato de primeiro vencimento caía 0,98%, a 5,5190 reais na venda.
No fim de semana, a China informou que a sua produção industrial em agosto aumentou 4,5% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o crescimento mais baixo desde março. O número ficou abaixo da expectativa de crescimento de 4,8% em agosto, segundo pesquisa da Reuters com 37 analistas.
As vendas no varejo chinês aumentaram 2,1% em agosto, desacelerando em relação ao aumento de 2,7% em julho. Os analistas esperavam que as vendas no varejo crescessem 2,5%.
Noutros dados do fim de semana, a China informou que os preços dos novos imóveis caíram 5,3% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano anterior – o ritmo de declínio mais rápido em mais de nove anos.
Os números reforçaram a percepção de que a economia chinesa continua lutando para reacelerar, o que impacta diretamente as moedas dos exportadores de commodities, como o .
No exterior, a queda do dólar foi quase generalizada frente a outras moedas, num dia de queda também dos rendimentos do Tesouro, em meio à percepção de que o Federal Reserve poderia cortar os juros em 50 pontos base na próxima quarta-feira. , e não apenas 25 pontos base.
A expectativa de corte na taxa de juros nos EUA, somada à perspectiva de aumento, precificado na curva a termo, de pelo menos 25 pontos-base na taxa básica Selic no Brasil, também nesta quarta-feira, pesou sobre a relação dólar/real .
“Com a possibilidade de um pequeno ciclo de aumento dos juros no Brasil, enquanto nos Estados Unidos se aguarda o início do ciclo de redução das taxas, o real recuperou o terreno perdido nos últimos dias”, destacou no final da tarde desta segunda-feira André Galhardo, consultor econômico da plataforma internacional de remessas Remessa Online, em comentário enviado aos clientes.
Nesse cenário, após registrar cotação máxima de 5,5823 reais (+0,27%) às 9h53, o dólar à vista caiu para mínima de 5,4980 reais (-1,25%) às 10h39. Depois disso, a moeda voltou a ficar acima de 5,50 reais, não conseguindo se sustentar abaixo deste patamar.
No exterior, ao final da tarde o dólar continuava em queda frente à maioria das moedas. Às 17h25, o índice – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – caía 0,33%, para 100,690.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional oferecidos em leilão para rolagem do vencimento em 1º de novembro de 2024.
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