Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) – As ações fecharam em baixa nesta quinta-feira, com as blue chips Petrobras e Itaú Unibanco entre as maiores pressões negativas, enquanto as ações da Vale ofereceram um contrapeso, subindo cerca de 1% na esteira da alta no preço das ações .
Índice de referência para a bolsa brasileira, o Ibovespa perdeu 0,48%, para 134.029,43 pontos, tendo registado 134.776,87 pontos no máximo e 133.591,04 pontos no mínimo do dia. O volume financeiro totalizou 16,7 bilhões de reais.
Segundo o analista Alex Carvalho, da CM Capital, do Ibovespa, a correção negativa generalizada dos bancos e a queda das ações da Petrobras separaram a bolsa paulista do movimento mais positivo das bolsas dos Estados Unidos e da Europa, embora a alta da Vale tenha minimizado o Ibovespa perdas.
Em Wall Street, o índice fechou com alta de 0,75%, enquanto o europeu subiu 0,80%, após o Banco Central Europeu (BCE) confirmar as expectativas e cortar novamente os juros na zona do euro.
A queda das ações de empresas de setores mais cíclicos, mais sensíveis aos juros, também chamou a atenção, com a estrategista de ações Jennie Li, da XP (BVMF :), vendo o movimento como um reflexo da curva DI, que por sua vez acompanhou a movimentação dos Treasuries e continua se ajustando às expectativas para a Selic.
Li chamou a atenção para os dados das vendas no varejo no Brasil divulgados no início desta quinta-feira, que voltaram a crescer em julho, com alta de 0,6% em relação ao mês anterior, após queda de 0,9% em junho. A previsão era de aumento de 0,5%.
“Os dados do Brasil continuam mostrando que a economia continua forte, continua resiliente… Isso reforça muito o cenário de que… o próximo passo do Copom provavelmente será o aumento da taxa Selic”, afirmou, referindo-se ao Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Os contratos de DI traziam ao final do dia quase 90% de chance de alta de 0,25 ponto percentual na Selic na próxima quarta-feira, quando o Copom encerra sua reunião de dois dias e anuncia a decisão no final do dia.
Nesta quinta-feira, os economistas do Itaú revisaram o cenário, passando a esperar um ciclo de alta de juros de 1,50 ponto percentual a partir do dia 18, “num contexto de câmbio pressionado, expectativas de inflação não ancoradas e alguma revisão – ainda que pequena – do PIB brecha”.
A equipe liderada pelo ex-diretor do BC Mario Mesquita estima a Selic em 11,75% ao final de 2024, com alta adicional em janeiro de 2025, atingindo nível terminal de 12%.
Para Li, da XP, o movimento na bolsa paulista também refletiu uma certa cautela para os acontecimentos da próxima semana, com destaque para as decisões sobre taxas de juros do BC brasileiro e do Federal Reserve, ambas na quarta-feira. “O mercado está esperando para ver o que acontecerá na próxima semana”, disse ela.
DESTAQUES
– PETROBRAS PN (BVMF:) caiu 1,13%, apesar da alta do câmbio. Citando a recente queda da commodity, o Goldman Sachs (NYSE:) revisou a projeção potencial de dividendos extraordinários da estatal para até 6 bilhões de dólares, 4 bilhões até o final de 2024 e 2 bilhões no primeiro semestre de 2025. analistas também cortaram o preço-alvo das ações ON e PN em 10%, para 43,40 e 39,40 reais, respectivamente.
– ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:) caiu 1,1%, em dia negativo para o setor, com BANCO DO BRASIL EM (BVMF:) fechando em queda de 1,13%, BRADESCO PN (BVMF:) caindo 0,45% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:) encerrando em queda de 0,97%.
– VALE ON (BVMF:) avançava 0,9%, favorecida pela alta dos futuros de minério de ferro na Ásia, enquanto agentes financeiros também analisam notícias recentes da mineradora. CSN MINERAÇÃO ON (BVMF:) subiu 3,27%.
– BRAVA ENERGIA ON caiu 5,06%, retomando a tendência negativa dos últimos pregões, após trégua na véspera, quando fechou em alta de 5% após anunciar que o Ibama havia emitido licença de operação para o navio plataforma FPSO Atlanta.
– CVC (BVMF:) BRASIL ON caiu 2,67%, revertendo a alta de abertura, ao reagir ao anúncio da operadora e da agência de viagens, na véspera, de que havia chegado a um acordo para um novo reperfilamento de determinadas debêntures, o que deve ajudar a fornecer flexibilidade para a empresa melhorar sua estrutura de capital. No pico da manhã, subiu 8,56%, a 2,03 reais.
– RAÍZEN PN (BVMF:) fechou em alta de 2,34%, tendo como pano de fundo o anúncio da Raízen Fuels Finance de 1 bilhão de dólares em títulos verdes de 10 anos no mercado externo. Os recursos serão utilizados para financiar e refinanciar ativos e projetos verdes elegíveis, gestão de passivos e fins gerais da empresa.
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