Os fundos de investimento viram suas posições na Petrobras (BVMF:) tremerem nas últimas semanas, com altos e baixos em meio às notícias em torno da saída de Jean Paul Prates e da chegada de Magda Chambriard à presidência da estatal. Isto depois do imbróglio envolvendo a distribuição de dividendos extraordinários. Contudo, a volatilidade não incentivou os gestores a fazerem mudanças bruscas na alocação, com a avaliação de que os riscos políticos estão em conta e é necessário monitorar a nova gestão.
Na Mantaro Capital, houve ajustes na posição na Petrobras enquanto ainda havia indecisão sobre o pagamento de dividendos extraordinários. “Aí prevaleceu a visão mais preocupada com a política fiscal, os dividendos foram pagos e isso se revelou um ruído desnecessário”, disse Leonardo Rufino, sócio e gestor da Mantaro, ao Investimentos em transmissão. Mas ele destaca que foi nesse episódio que a queda iminente de Prates começou a ser esperada. “Ninguém ficou muito surpreso.”
Desde a demissão do executivo, Mantaro não alterou as ações da estatal e mantém uma “posição moderada” em torno de 5%, avaliando como “exagero” as perdas sofridas pelas ações logo após a saída de Prates e o anúncio da a nomeação de Magda. “Magda sempre conversou com o mercado. Ela pode ter a sua visão sobre desenvolvimento, mas não está ‘deslocada’, muito pelo contrário”, afirma Rufino.
Ele acrescenta ainda que a executiva foi uma das cogitadas para assumir a Petrobras após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, e “muita gente no mercado a preferiu a Prates”. “[A mudança de gestão] foi uma notícia negativa para fortalecer [o ministro de Minas e Energia] Alexandre Silveira e [o ministro da Casa Civil] Rui Costa e enfraquece [o ministro da Fazenda, Fernando] Haddad, e eventualmente ela tentará acelerar os investimentos, com poucas chances de bons retornos. Mas muito longe de ser algo ‘material’”, afirma Rufino.
A avaliação ocorre porque os investimentos demoram para se concretizar. “Mudar o programa de investimentos da Petrobras nunca foi um processo rápido”, avalia Luiz Fernando Araújo, sócio e gestor da Finacap. “As proteções e mecanismos de blindagem que foram criados nos últimos anos ainda atenuam enormemente este risco”.
A Petrobras já foi a principal cota do fundo de ações da Finacap, chegando a no máximo 15% do total, mas hoje está em torno de 4%. Araújo diz que reduziu sua posição “de forma mais significativa” quando a ação passou a ser negociada acima de R$ 40, devido à sua avaliação de preço versus assimetria de risco. Agora, mesmo perto dos R$ 35, a gestora vê a ação como “muito volátil”.
Os dois dirigentes aguardam os desenvolvimentos da gestão de Magda Chambriard e acreditam que poderá haver “surpresas positivas”.
Qual é o maior risco a monitorar?
O risco de intervenção política ainda é o maior a ser monitorado na Petrobras, avaliam gestores. “É difícil o maior risco não ser o governo ‘se envolver’, e isso vale para qualquer governo, desde então. É uma empresa muito grande, que lida com um assunto muito relevante e com muito dinheiro investido. vou deixar ‘solto’”, destaca Rufino, do Mantaro.
Para Araújo, da Finacap, os problemas podem surgir numa situação de maior estresse – por exemplo, se os preços subirem muito e for necessário transferir preços para derivativos. “Se os subsídios forem necessários, poderá haver uma destruição de valor muito rápida que certamente prejudicará os preços da empresa no mercado”, afirma.
O papel ainda está bom
Os gestores mantêm a posição na Petrobras porque o estoque ainda é considerado bom. Rufino, da Mantaro, observa que se há alguma decisão a ser tomada nesse sentido é sobre a redução da alocação, dado o forte desempenho relativo em relação ao restante do mercado.
Entre as petrolíferas, a Mantaro ocupa cargo na Prio (BVMF:) (antiga PetroRio) desde 2020, mas não motiva investimentos nela pelo que acontece na Petrobras, visto que “não se comportam como empresas do mesmo setor”. “Não comparamos. Há muito risco na hora de trocar um pelo outro”, diz Rufino.
Araújo, da Finacap, também vê “alto risco” na campanha exploratória de empresas que não têm o mesmo porte da Petrobras e prefere evitá-la.
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