Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) – A Azul fechou com discreta alta nesta segunda-feira, assegurada pelas ações da Petrobras na esteira da alta de preços no exterior, enquanto a Azul voltou a estar entre as maiores quedas com temores persistentes sobre o endividamento da companhia aérea.
Índice de referência para a bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,12%, para 134.737,21 pontos, tendo marcado 134.399,45 pontos na mínima e 135.249,97 pontos na máxima do dia. O volume financeiro totalizou 16,07 bilhões de reais.
“O foco está no suporte inicial em 133,8 mil pontos”, afirmaram analistas do Itaú BBA. “Abaixo disso, o índice abrirá espaço para realização de lucros mais pronunciadas. Nesse caso, o próximo suporte está em 131.800 pontos – um nível que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo.”
Pensando em voltar a subir, estimam que o Ibovespa precisa superar a máxima em 137.469 pontos, que é a referência no curto prazo, segundo relatório de análise técnica Diário do Grafista. “Os próximos objetivos, caso ultrapasse o máximo, estão em 141 mil e 150 mil pontos.”
Wall Street endossou o sinal positivo na sessão brasileira, ao terminar em alta de 1,16%, após uma semana de fortes perdas, com os agentes financeiros aguardando os dados da inflação nos Estados Unidos esta semana, antes da decisão do Federal sobre a taxa de juros. Reserve no dia 18.
No Brasil, a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central começou a mostrar previsão de alta da taxa básica de juros na reunião de 17 e 18 de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom), de 0,25 ponto percentual, com a Selic encerrando o ano em 11,25%, atualmente 10,50% ao ano.
DESTAQUES
– PETROBRAS PN (BVMF:) avançou 1,09%, após duas quedas consecutivas, encontrando apoio na alta dos preços do petróleo, que se recuperaram no exterior após uma série de quedas. PETROBRAS ON (BVMF:) subiu 1,34%
– ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:) fechou com alta de 0,97%, seguido por BRADESCO PN (BVMF:), com alta de 0,32%, e BANCO DO BRASIL EM (BVMF:), com alta de 1,25%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:) encerrou com ganho de 0,1%.
– VALE ON (BVMF:) encerrou estável, com os futuros na China fechando em alta e quebrando uma série de seis dias de queda.
– AZUL PN (BVMF:) caiu 8,33%, renovando sua mínima histórica intradiária em 4,02 reais no pior momento da sessão. A empresa reiterou esta sexta-feira que está a explorar diversas modalidades de negócio para otimizar a sua estrutura de capital e que está a analisar outras formas de captação de recursos através do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) e utilizando como garantia a Azul Cargo, no valor de até 800 milhões de dólares. .
– CSN MINERAÇÃO ON (BVMF:) caiu 4,37%, enquanto CSN ON (BVMF:) caiu 1,12%. Analistas do Itaú BBA reduziram a recomendação da CSN Mineração para “underperform”, ao mesmo tempo em que elevaram a recomendação da CSN para “market perform”.
– GERDAU PN (BVMF:) subia 1,82%, com analistas do Bank of America (NYSE:) reiterando a “compra” da ação e elevando o preço-alvo de 25 para 26 reais. O BofA reduziu o preço-alvo da CSN de 14 para 11,50 reais e o preço-alvo da Usiminas de 6 para 5,50 reais. USIMINAS PNA (BVMF:) caiu 2,5%.
– MRV&CO ON (BVMF:) subiu 2,66%, desvinculado do índice do setor imobiliário, que fechou com variação negativa de 0,18%. Analistas do BTG Pactual (BVMF:) reiteraram recomendação de “compra” para a ação, com preço-alvo de 17 reais, após reunião com executivos da construtora sobre as perspectivas da empresa.
– IRB (BVMF:)(RE)ON caiu 3,79%, em mais um dia de ajustes, após desempenho robusto em agosto.
(Por Paula Arend Laier)
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