Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) – A moeda caiu frente ao real nesta quinta-feira, em linha com a fraqueza da moeda norte-americana no exterior, enquanto os investidores avaliavam dados do mercado de trabalho norte-americano que encorajavam a perspectiva de uma flexibilização monetária mais agressiva por parte do Federal Reserve.
Às 9h54, o dólar à vista caía 0,33%, a 5,6211 reais na venda. Na B3 (BVMF), o contrato de primeiro vencimento caía 0,38%, a 5,638 reais na venda.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou com leve queda de 0,08%, cotado a 5,6395 reais.
Esta manhã, os mercados globais estavam a digerir novos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA em busca de sinais sobre o estado da maior economia do mundo e a dimensão de um potencial corte nas taxas de juro a ser feito pela Fed na sua reunião deste mês.
Na primeira divulgação do dia, o relatório de emprego da ADP mostrou que foram criados 99 mil empregos no setor privado em agosto, muito abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Reuters de 145 mil empregos, face aos 111 mil revistos em baixa no mês anterior. Anteriormente, foram criados 122 mil empregos em julho.
MAIS DETALHES: Criação de empregos privados nos EUA fica abaixo das expectativas em agosto
Minutos depois, os números do Departamento do Trabalho mostraram que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana encerrada em 31 de agosto caíram para 227 mil, abaixo da projeção dos analistas de 230 mil, de 232 mil ligeiramente revisados para cima na semana anterior.
Apesar dos dados mais benignos para os pedidos de subsídio de desemprego, o relatório do setor privado reforçou alguns receios entre os agentes financeiros sobre uma desaceleração agressiva da economia norte-americana, com um arrefecimento mais forte do que o esperado do mercado de trabalho, o que deverá ser considerado pela Fed na sua próxima decisão.
No mês passado, o presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou que “chegou a hora” de ajustar a posição do banco central dos EUA, salientando que as autoridades não aceitariam uma nova desaceleração no mercado de trabalho.
Os traders estimam uma chance de 45% de um corte de 50 pontos base na taxa do Fed neste mês, acima dos 43% antes dos dados. Eles ainda projetavam 112 pontos base de flexibilização até o final do ano, acima dos 109 pontos base anteriores.
Como resultado, o dólar enfraqueceu face à maioria dos seus pares fortes e emergentes, devido à queda acentuada nos rendimentos do Tesouro, o que tornou a moeda norte-americana menos interessante para os investidores.
O índice de referência global para decisões de investimento caiu 4 pontos base, para 3,731%.
“Se você tem a perspectiva de que a economia norte-americana está se contraindo, você tem a visão de corte de juros lá e aqui permanece a diferença de juros com os EUA, a tendência é que a nossa moeda se valorize frente ao dólar”, disse Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.
O – que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis moedas – caiu 0,18%, para 101.080.
Entre os mercados emergentes, a moeda norte-americana caiu em relação ao peso colombiano, oeo.
As atenções voltam-se agora para o relatório de emprego de Agosto do Departamento do Trabalho dos EUA, que deverá criar 160.000 empregos, acima dos 114.000 no mês anterior.
“As informações de segunda linha do mercado de trabalho dos EUA até agora mostram uma condição inegável de afrouxamento, e não há como o dólar não sofrer com isso. Outro número fraco amanhã poderia confirmar um corte maior do Fed em setembro e consolidar a trajetória do dólar em baixa”, afirmou Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank.
No cenário nacional, o mercado ainda avaliava a perspectiva de alta da Selic, agora em 10,50% ao ano, na reunião do Copom deste mês, após PIB superior ao esperado para o segundo trimestre do ano e leituras recentes que mostrou a inflação se afastando do centro da meta de 3%.
Na curva de juros brasileira, a perspectiva de flexibilização monetária mais agressiva nos EUA estava derrubando as taxas de juros futuras, com a taxa DI para janeiro de 2025 – que reflete a política monetária no curtíssimo prazo – em 10,925%, com queda de 2 pontos base.
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