SÃO PAULO (Reuters) – Depois de subir quase 2% na véspera no Brasil, caiu mais 2% nesta sexta-feira, para menos de 5,50 reais, acompanhando a queda geral da moeda norte-americana no exterior, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell , defende o início dos cortes de juros nos EUA.
O dólar à vista fechou em queda de 1,97%, cotado a 5,4795 reais. Na semana, porém, a moeda ainda acumulou alta de 0,22%.
Às 17h23, o contrato de primeiro vencimento caía 2,14%, a 5,4875 reais na venda.
Altamente aguardada pelos mercados globais, a participação de Powell no simpósio de Jackson Hole reforçou as apostas de que a Reserva Federal irá de facto começar a cortar as taxas de juro em Setembro.
Powell argumentou pela manhã que “chegou a hora” de a Fed reduzir a sua taxa de juro, uma vez que os riscos crescentes para o mercado de trabalho não deixam espaço para mais fraqueza e a inflação está no caminho certo para atingir a meta de 2%. Na prática, foi um apoio explícito à flexibilização da política monetária.
“Os riscos ascendentes para a inflação diminuíram. E os riscos negativos para o emprego aumentaram”, disse Powell. “Chegou a hora de ajustar a política. A direção a seguir é clara e o momento e o ritmo dos cortes nas taxas de juro dependerão dos dados recebidos, da evolução das perspetivas e do equilíbrio dos riscos.”
Em reação ao discurso de Powell, os investidores procuraram ativos mais arriscados, como ações e moedas de países emergentes, o que resultou na queda global do dólar.
No Brasil, após atingir cotação máxima de 5,5843 reais (-0,10%) às 9h, na abertura do pregão, o dólar à vista atingiu mínima de 5,4745 reais (-2,06%) às 16h24.
“As questões locais do Brasil foram praticamente deixadas de lado hoje devido às declarações de Powell, dizendo que chegou a hora de mudar os juros”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “Isso tirou um pouco do peso do mercado e os investidores passaram a procurar ativos de risco.”
Uma taxa de juros mais baixa nos EUA favorece o diferencial de juros para o Brasil, que se torna mais atrativo para investimentos internacionais.
Além de Powell, o movimento cambial no Brasil foi resultado de uma certa recomposição de posições, segundo Rugik, após a alta do dólar na véspera.
Internamente, a principal dúvida ainda é se o Banco Central aumentará ou não a taxa básica Selic em setembro, conforme precificado pelo mercado. A probabilidade de alta de 25 pontos-base na Selic em setembro é de 90%, de acordo com a precificação da curva a termo brasileira. Há mais 10% de probabilidade de manter a taxa em 10,50% ao ano.
“Se ele (BC) não aumentar os juros na próxima reunião, o real deverá se desvalorizar ainda mais e os juros longos deverão subir”, pontuou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado aos clientes. “Se o BC não aumentar os juros, o mercado subirá sozinho”, acrescentou, referindo-se aos possíveis efeitos na curva.
Às 17h21, o índice – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – caía 0,78%, para 100,670.
Pela manhã, o Banco Central vendeu em leilão todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional com o objetivo de rolar o vencimento de 1º de outubro de 2024.
(Por Fabrício de Castro)
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