Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O preço à vista subiu quase 2% nesta quinta-feira e ficou próximo de 5,60 reais, impulsionado pelo avanço firme da moeda norte-americana também no exterior e por um novo discurso duro contra a inflação do diretor de Política Monetária do do Banco Central, Gabriel Galípolo.
O dólar à vista fechou em alta de 1,96%, cotado a 5,5899 reais. Em agosto, porém, a moeda ainda caiu 1,17%.
A moeda norte-americana obteve ganhos firmes em relação ao real no início do dia, acompanhando o aumento constante dos rendimentos dos títulos dos EUA e do dólar em relação a outras moedas no exterior, seguindo novos dados econômicos dos EUA.
O Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de subsídio de desemprego aumentou para 232.000 na semana que terminou a 17 de agosto, face a 228.000 pedidos revistos para cima na semana anterior.
O resultado reforçou o argumento de que há um arrefecimento no mercado de trabalho norte-americano, com os operadores a aumentarem as suas apostas numa redução das taxas de juro de 25 pontos base na reunião de Setembro do – e não de 50 pontos base, como chegou a ser precificado.
No Brasil, o dólar ganhou ainda mais força à tarde, durante discurso de Galípolo em evento em São Paulo. Nele, o diretor afirmou que suas recentes declarações não colocaram o BC em uma “esquina” em relação ao que será feito com o banco em setembro, mas repetiu que a autoridade aumentará a taxa básica se necessário.
Nos últimos dias, ganhou força a avaliação entre as instituições financeiras de que, devido às recentes declarações de Galípolo, consideradas hawkish (duras para a inflação), o BC terá que elevar a Selic em pelo menos 25 pontos base em setembro, mesmo em meio da melhora relativa do cenário externo, já que as taxas futuras precificam isso.
No evento em São Paulo, Galípolo disse discordar “respeitosamente” das interpretações do mercado sobre o BC estar em uma “esquina”, em referência a uma situação difícil.
Ao mesmo tempo, manteve o discurso duro das últimas semanas: “Inflação fora da meta é uma situação incômoda e ter que aumentar os juros é uma situação cotidiana para quem está no Banco Central”.
Comentários de Galípolo, cotado para substituir Roberto Campos Neto no comando do BC, impulsionaram as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) – inclusive os de curtíssimo prazo, que passaram a precificar 100% de probabilidade de o BC elevar a Selic em 25 pontos -base em setembro.
No mercado de câmbio, os comentários de Galípolo trouxeram apreensão, embora em tese uma Selic mais alta pudesse atrair mais dólares para o Brasil no futuro.
Termômetro de estresse do mercado, o dólar spot atingiu cotação máxima de 5,5971 reais (+2,09%) às 15h38, na esteira dos comentários de Galípolo.
Como sintoma de estresse no mercado, Galípolo voltou a se manifestar no final da tarde, desta vez em evento da FGV em São Paulo, e procurou corrigir supostos equívocos de sua fala anterior.
O diretor afirmou que não está sancionando nem as expectativas para a Selic presentes no Focus nem as precificadas na curva de juros. Ao mesmo tempo, repetiu que o BC não hesitará em aumentar a taxa Selic se necessário.
Em meio aos novos comentários de Galípolo, o dólar de setembro negociado na B3 (BVMF:) – o mais líquido do mercado brasileiro – continuou em alta acentuada neste final de tarde. Às 17h40, subia 1,92%, a 5,5895 reais na venda.
No exterior, o mesmo período – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas fortes – subiu 0,39%, para 101,510.
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