SÃO PAULO (Reuters) – As siderúrgicas iniciaram um novo movimento de aumento dos preços dos aços planos no Brasil, mas os ajustes continuam limitados pelas importações, que apesar de sujeitas a cotas continuam pressionando o desempenho do setor no país, segundo relatório da o presidente da entidade que reúne distribuidores, a Inda, esta quinta-feira.
A expectativa da entidade para as importações de aços planos no Brasil este ano é de estabilidade em relação ao recorde do ano passado ou crescimento de 5%, afirmou o presidente da Inda, Carlos Loureiro, em entrevista à imprensa.
Em julho, as importações de aços planos cresceram 8,4%, para 219,2 mil toneladas, mas no acumulado do ano continuam apresentando aumento de 19,8%, para 1,5 milhão de toneladas, segundo dados do Inda.
“Estamos vendo claramente que o preço chinês vai depender de como será o preço do carvão e (do ferro)”, afirmou o executivo. “Se continuarem a cair, os preços (do aço) continuarão a cair”, acrescentou.
O executivo citou dados de preços dos laminados a quente no mercado internacional que mostram que a queda nos custos das matérias-primas está sendo repassada aos preços do aço, que segundo Loureiro “já estão abaixo do custo marginal de produção”, o que caracteriza a prática de dumping.
“É assustador que o (preço do) minério e carvão caia e isso seja repassado aos preços na China. Como a China precisa desesperadamente de vendas, porque o mercado lá está encolhendo… eles vão forçar muito as vendas para fora”, disse o presidente da Inda.
Segundo ele, a CSN (BVMF:) foi a primeira usina nacional a anunciar uma nova rodada de aumentos de preços após reajustes aplicados em agosto. A empresa aumentará seus preços em cerca de 5% a partir de setembro, movimento que tende a ser seguido pelas rivais.
O diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, afirmou na semana passada que a empresa manteria a política de “redução de descontos” nos preços de seus produtos siderúrgicos em meio à tentativa de recuperar a queda nas margens de lucro.
Mas como o custo das placas para laminação no Brasil continua elevado em relação ao cenário externo, as usinas locais continuarão pressionadas pelas importações, comentou Loureiro. O executivo referiu que já se regista um aumento nas importações de produtos fora das quotas, como o aço ligado ao boro, que tem características semelhantes aos produtos incluídos na medida de protecção comercial tomada pelo governo no final de Abril.
Segundo ele, as expectativas em relação às importações neste ano decorrem da forte base de comparação com o segundo semestre do ano passado e da implementação da política de cotas de importação.
Diante do cenário instável, os estoques das distribuidoras continuam sob controle, disse Loureiro. Em julho, o volume de aços planos armazenados pelo setor foi de 943,3 mil toneladas, equivalente a 2,8 meses de vendas, aumento de 1,5% em relação a junho.
“Apesar de todos esses movimentos de preços, os estoques continuam em níveis interessantes”, disse Loureiro. “Não é racional, recomenda-se, tentarmos ganhar especulando em ações”, acrescentou.
“Há uma certa disciplina entre os distribuidores, não permitindo que o estoque suba muito”, disse o presidente do Inda. “A média de 2,8 está dentro da faixa histórica, que é o número que precisamos para manter nossos mercados abastecidos”, afirmou.
Em julho, as vendas dos distribuidores subiram 8,2% em relação ao ano anterior, para 335,7 mil toneladas, segundo dados do Inda, que estima crescimento de 1% em agosto, com tendência de alta caso o reajuste de preços se consolide. e inspirar um possível movimento de compra antecipada, disse Loureiro.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
emprestimo consignado banco do brasil simulação
qual valor do emprestimo do bolsa familia
cartão consignado loas
banco pan simular emprestimo fgts
simular empréstimo consignado bradesco
renovar cnh aracaju
banco pan correspondente
empréstimo no banco do brasil