Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – As taxas de curto prazo do DI voltaram a cair nesta quarta-feira, dando continuidade ao movimento anterior, com investidores reduzindo as apostas de que o Banco Central aumentará a taxa em setembro, enquanto na ponta longa da curva o prazo, as taxas terminaram próximas à estabilidade, num novo dia de queda dos rendimentos do Tesouro.
No final da tarde, a taxa DI para janeiro de 2025 – que reflete a política monetária no curtíssimo prazo – estava em 10,75%, queda de 5 pontos-base ante os 10,797% do ajuste anterior. A taxa DI para janeiro de 2026 foi de 11,45%, queda de 9 pontos-base frente aos 11,535% do reajuste anterior.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 foi de 11,5%, praticamente estável frente ao reajuste de 11,497%, e o contrato de janeiro de 2033 teve taxa de 11,48%, aumento de 1 ponto percentual ante 11,47%.
Em um dia de agenda vazia no Brasil, a curva a termo continuou nesta quarta-feira refletindo declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na véspera.
Em entrevista ao jornal O Globo Campos Neto disse que o cenário externo melhorou e defendeu “calma” e “cautela” em tempos de volatilidade. Em evento do BTG (BVMF 🙂 em São Paulo, ele também afirmou que o BC é “dependente de dados” e que não vai olhar tanto para ruídos e volatilidade momentânea.
As declarações de Campos Neto foram interpretadas pelo mercado como um sinal de que o BC poderá não aumentar a taxa Selic em setembro, como tem sido precificado. Em reação, as taxas de curto prazo caíram na quarta-feira, e o movimento continuou nesta quinta, embora as apostas em aumentos continuem predominando.
“Havia uma percepção de que os juros iam subir e isso se consolidou. Após a fala de Campos Neto, ficou a sensação de que o aumento não ocorrerá necessariamente, comentou Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset.
“O movimento (na curva) começa a se reverter. Antes, tratava-se de subir na ponta curta e cair na ponta longa. Agora está indo na direção oposta”, acrescentou Lima no início da tarde desta quinta-feira, quando as taxas de curto prazo caíam e as taxas de longo prazo permaneciam com ligeiros ganhos.
Perto do fechamento, a curva a termo brasileira precificou 67% de probabilidade de alta de 25 pontos-base da Selic em setembro e 33% de chance de manutenção em 10,50% ao ano. Na véspera, as probabilidades eram de 76% e 24%, respectivamente.
Na terça-feira, antes das declarações de Campos Neto, os preços refletiam uma postura muito mais hawkish (dura com a inflação): 90% para um aumento de 25 pontos base e 10% para um aumento de 50 pontos base.
No exterior, os rendimentos do Tesouro caíram logo no início, em meio à percepção de que o ciclo de cortes de juros começará de fato em setembro.
Um relatório do Departamento do Trabalho dos EUA solidificou as expectativas de um corte nas taxas de juros, mostrando uma redução de 818 mil empregos, ou 0,5% menos, nos dados de criação de empregos no país de abril de 2023 a março de 2024.
O aumento da queda dos rendimentos durante a tarde, enquanto os investidores aguardavam a ata da última reunião de política monetária do Fed, acabou aproximando as taxas DI de longo prazo da estabilidade no Brasil.
As actas da Fed mostraram que os decisores políticos estavam fortemente inclinados para um corte nas taxas na sua reunião de Setembro e que vários estavam mesmo dispostos a cortar as taxas imediatamente.
A questão que permanece entre os investidores é se o Fed aplicará um corte de 25 pontos base ou um corte de 50 pontos base em Setembro. O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira, será fundamental para ajustar posições.
“Podemos inferir que as chances de aumento da taxa Selic em setembro perdem força se o corte dos juros nos EUA for de 0,5 (ponto percentual). Por outro lado, se for realmente 0,25 poderá ser difícil evitar um novo aperto aqui”, disse Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, em comentário enviado a clientes.
Às 16h39, o índice de referência global para decisões de investimento caía 3 pontos base, para 3,792%.
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