Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – Nomeado “super gestor” da Petrobras (BVMF), Wagner Victer tem buscado unir a gestão e otimizar projetos para que os investimentos sejam feitos conforme o planejado, evitando bilhões de excedentes de Capex como em 2023, ao mesmo tempo em que a empresa pretende atender às expectativas do presidente Lula.
Segundo relatos à Reuters de pessoas com conhecimento do assunto, a criação da “supergestão”, ou Gestão Executiva de Projetos Estratégicos da Presidência, ocorreu após a chegada de Magda Chambriard para comandar a petroleira em maio, em meio a exigências do governo para a empresa é um motor da economia do país.
Com a coordenação de Victer, funcionário com quase 40 anos de experiência na Petrobras, disseram as fontes, a coordenação dos projetos fica facilitada, permitindo maior interação entre as áreas.
“O que vemos é que a Petrobras tem áreas e profissionais muito competentes e eficientes. Mas cada um estava dentro da sua caixinha. Essas caixinhas precisam conversar, se comunicar e interagir mais para avançar projetos e processos”, disse uma das fontes à condição de anonimato, explicando as atribuições de Victer.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido investimentos em refino, mais contratações de navios e até em fertilizantes, área vista como polêmica e deficitária devido ao preço do gás.
Alguns desses projetos estão no cardápio do Programa de Aceleração do Crescimento, a “menina dos olhos do PT”, mas não se desenvolveram como planejado no ano passado.
Em 2023, a Petrobras investiu 12,7 bilhões de dólares. Porém, o valor ficou 21% abaixo do planejado, devido a adiamentos de atividades de poços por menor disponibilidade de sondas e materiais, replanejamento de projetos e atrasos em poços exploratórios por falta de licenciamento ambiental, informou anteriormente a empresa.
O objetivo do novo “super gestor” é realizar essa correção de rumo, minimizando a possibilidade de recursos excedentes em relação ao Capex previsto para 2024. Dentro do plano de investimentos 2024/2028 de 102 bilhões de dólares, a Petrobras planeja investir 18,5 bilhões dólares este ano, a maior parte em Exploração e Produção.
“Muitos gestores, mas muitos, já foram trocados, e o processo ainda não acabou. Mas não bastou mudar as pessoas, temos que mudar os processos para que sejam mais ágeis. disse uma das fontes responsáveis. de sigilo, incluindo mudanças recentes feitas por Chambriard, que substituiu Jean Paul Prates em meio a críticas do governo aos processos de tomada de decisões e investimentos da Petrobras.
Além da gestão, o presidente trocou o comando das áreas de Engenharia, Tecnologia e Inovação (Renata Baruzzi), Exploração e Produção (Sylvia dos Anjos) e Finanças e Relações com Investidores (Fernando Melgarejo).
Nesse contexto, os processos e formas de contratação da Petrobras também estão sendo alterados e aprimorados na era do “supergestor”. “As compras de insumos já não são feitas pensando apenas em uma área, agora estão pensando de forma mais ampla”, acrescentou uma das fontes.
Procurada, a Petrobras não comentou o assunto de imediato.
CAMPO DE BÚZIOS, MENOS HOME OFFICE
Segundo fontes, Victer está “emprestado” à área de E&P da Petrobras, acumulando “supergestão” com o acompanhamento do campo de Búzios, que nos próximos anos deverá ser o maior produtor do pré-sal.
Até 2028, a produção em Búzios, na Bacia de Santos, poderá ser quadruplicada. Em junho, o campo produziu 874,8 mil barris de óleo equivalente por dia, ficando atrás apenas de Tupi, com mais de 1 milhão de barris de boe/dia, segundo dados da agência reguladora ANP.
“Ele (Victer) tem muita experiência e energia. Está na Petrobras há 37 anos e tem muita experiência. Atuante na Petrobras, hoje é difícil encontrar alguém com mais experiência que ele”, disse um dos fontes.
Outra mudança que será implementada por Chambriard será o aumento do trabalho presencial na estatal, segundo fontes.
A ideia é que nas próximas semanas os profissionais em cargos de gestão trabalhem pelo menos três vezes por semana na sede da empresa.
Atualmente, o home office acontece três dias por semana. A mudança encontra resistência entre alguns funcionários.
A leitura é que as pessoas conhecem bem o seu trabalho, mas precisam interagir mais com outras áreas.
“As decisões na Petrobras envolvem diversas pessoas e áreas. Elas precisam se reunir”, declarou uma das fontes.
A assessoria de imprensa confirmou a informação, informando que a partir de 1º de setembro gerentes executivos, gerentes gerais e gerentes deverão trabalhar presencialmente pelo menos três dias por semana.
“Essa já é a prática de muitos gestores, que trabalham presencialmente em média três dias por semana ou mais”, disse a Petrobras, destacando que o modelo de trabalho híbrido é um compromisso da empresa e está previsto em acordo coletivo.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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