Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – Após alívio na sessão anterior, as taxas DI voltaram a ter fortes ganhos nesta terça-feira, ultrapassando 15 pontos-base em contratos mais longos, com profissionais de mercado citando desconforto persistente com a aversão fiscal e global a ativos de mercados emergentes como fatores para o abertura da curva direta.
No final da tarde, a taxa DI (Depósito Interbancário) de janeiro de 2025 – que reflete a política monetária no curtíssimo prazo – estava em 10,675%, ante 10,659% do reajuste anterior. A taxa DI de janeiro de 2026 foi de 11,5%, ante 11,393% do reajuste anterior, enquanto a taxa de janeiro de 2027 foi de 11,77%, ante 11,634%.
Entre os contratos mais longos, a alíquota para janeiro de 2031 foi de 12,17%, ante 12,016%, e o contrato de janeiro de 2033 teve alíquota de 12,18%, ante 12,019%.
Na segunda-feira, as taxas futuras caíram no Brasil após a confirmação dos cortes de gastos por parte do governo brasileiro e uma busca global por ativos mais arriscados.
O governo confirmou na véspera, por meio do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, a necessidade de um congelamento de 15 bilhões de reais nas verbas dos ministérios para levar a projeção de déficit primário do governo central em 2024 para 28,8 bilhões de reais, exatamente o limite inferior do zero. margem de tolerância da meta do défice.
Nesta terça-feira os estímulos foram opostos: houve retorno das preocupações com a situação fiscal brasileira e a fuga de ativos dos mercados emergentes.
“Não vejo nenhum vetor de maior pressão além das renovadas preocupações fiscais. A queda das commodities no exterior não ajuda, mas a pressão na curva brasileira hoje é nossa”, comentou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
“Ontem tivemos até algum alívio depois da reportagem. Mas como não surgiu nada de novo, voltamos a ter alguma pressão nos juros”, acrescentou, lembrando que os investidores estão se posicionando para a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), na próxima quinta-feira.
Para o economista-chefe do banco Bmg, Flavio Serrano, o exterior foi decisivo para a abertura da curva brasileira nesta terça-feira.
“O real resistiu bem (em relação ao real), mas os mercados emergentes estão sofrendo”, destacou.
Na verdade, alguns pares de moedas do real, como o , o e o , estiveram entre as maiores perdas globais em relação ao dólar, refletindo a aversão aos ativos dos mercados emergentes.
Nesse cenário, a taxa DI para janeiro de 2033 – um dos longos de maior liquidez – subiu 16 pontos-base em relação ao ajuste da véspera, para 12,18%.
Perto do fechamento, a curva a termo brasileira precificou 86% de chance de manutenção da taxa básica Selic em 10,50% ao ano no final deste mês e 14% de chance de alta de 25 pontos base. Na segunda-feira os percentuais eram de 85% e 15%, respectivamente.
A subida das taxas DI ocorreu apesar de, no exterior, as taxas de rendimento dos Treasuries estarem em queda, numa sessão marcada pela divulgação de dados fracos do mercado imobiliário norte-americano e por um leilão de títulos vendidos nos EUA.
Às 16h38, o rendimento do Tesouro de dois anos – que reflete as apostas na direção das taxas de juros de curto prazo – caía 4 pontos base, para 4,487%. A referência global para decisões de investimento caiu 1 ponto base, para 4,245%.
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