Por Amy Tennery
NOVA YORK (Reuters) – Atletas em busca do ouro olímpico também competirão por curtidas e seguidores nas redes sociais em Paris, em uma batalha pela fama viral muito disputada nos Jogos Olímpicos.
Um trabalho extra nas redes sociais, diferente de qualquer outro, acontecerá nos frenéticos 16 dias a partir de 26 de julho, enquanto os atletas olímpicos tentam explorar esse curto período de tempo para se conectar com os fãs dos Jogos em plataformas como YouTube, Tik Tok e Instagram.
A jogadora americana de rugby Ilona Maher se tornou viral nas Olimpíadas de Tóquio e agora tem mais de um milhão de seguidores no Tik Tok, apesar de praticar um esporte que gera muito menos interesse do que muitos outros nos Estados Unidos.
Sua companheira de equipe, Ariana Ramsey, quer seguir caminho semelhante em Paris, com a expectativa de que os quatro vídeos diários que produzirá consigam construir sua persona digital e ajudá-la no desafio de criar sua própria linha de roupas.
“Há muita pressão porque não é possível planejar tudo”, disse ela à Reuters.
“Posso fazer uma lista de ideias de conteúdo e tentar executá-las ali, mas acho que será mais uma questão de reagir ao que está acontecendo no momento. O que posso capturar? O que é relevante?”
Como muitos outros atletas olímpicos que trabalham em um segundo ou mesmo terceiro emprego, Ramsey usou as mídias sociais para complementar sua renda, conseguindo acordos com marcas e cobrando cerca de US$ 100 por um reel no Instagram ou US$ 50 por uma história na mesma rede social. .
Nos anos anteriores, atletas como Ramsey podem ter precisado de um gestor para negociar acordos de marca. Agora, as empresas negociam diretamente.
“É definitivamente um segundo emprego”, disse Ramsey, que também competiu em Tóquio.
Os atletas não precisam estar no topo do jogo para ganhar força online, disse Kate Johnson, diretora de marketing global do Google para esportes, entretenimento e parcerias de conteúdo, à Reuters.
“Você não precisa ter um nome forte e reconhecido. Você precisa ter algo único para dizer e compartilhar que seja do interesse das marcas”, disse ele.
Johnson ganhou a prata como remadora em 2004 e viu surgirem oportunidades extraordinárias para os atletas desde que subiu ao pódio olímpico em Atenas.
O YouTube, que é controlado pela Alphabet do Google (NASDAQ:), teve 1 bilhão de visitantes únicos em 2013. Esse número basicamente dobrou em 2022.
“Sinto que preciso prestar um serviço público anunciando aos atletas olímpicos que estão completamente concentrados, treinando e que não estão prestando atenção em como monetizar este momento”, disse ela.
(Reportagem de Amy Tennery em Nova York)
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