Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista fechou quinta-feira em alta no Brasil, com profissionais de mercado citando, para justificar o movimento, um certo esgotamento da queda mais recente dos preços e alguns efeitos técnicos sobre o real do forte avanço do o iene no exterior.
A valorização do dólar frente ao real foi na contramão da queda da moeda norte-americana frente à maioria das outras moedas em outros mercados, onde os preços reagiram a dados de inflação mais favoráveis nos Estados Unidos.
A moeda spot norte-americana fechou a venda a 5,4419 reais, alta de 0,53%. Em 2024, a moeda acumula alta de 12,17%.
Às 17h11, na B3 (BVMF:) o contrato de primeiro vencimento subia 0,48%, a 5,4560 reais na venda.
No início do dia, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor (IPC) caiu 0,1% no mês passado, depois de permanecer inalterado em maio. Nos 12 meses até junho, o índice subiu 3,0%, após alta de 3,3% em maio. Economistas consultados pela Reuters previam altas de 0,1% no mês e de 3,1% na base anual.
O IPC mais fraco do que o esperado pesou sobre os rendimentos do Tesouro e fez com que o dólar cedesse face à maioria das outras moedas. No Brasil, a moeda norte-americana em espécie atingiu a mínima de 5,3705 reais (-0,79%) às 9h33, logo após a divulgação dos números. No final da manhã, porém, o dólar recuperou força frente ao real e migrou para território positivo.
No mercado, alguns profissionais avaliaram que o facto de o iene ter subido mais de 2% face ao dólar, depois de ter atingido na véspera o valor mais baixo dos últimos 38 anos, estava a afectar as operações de carry trade realizadas com aeo.
No carry trade, os investidores tomam empréstimos no exterior, a taxas de juros baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde as taxas de juros são mais altas.
Segundo profissional ouvido pela Reuters, atualmente muitas operações de carry trade envolvendo o Brasil são financiadas em ienes – e não em dólares. Assim, quando o preço do iene sobe abruptamente, os investidores tendem a desmantelar essas posições de carry, o que acaba pressionando os preços reais. Um dos efeitos é o aumento da taxa de câmbio.
Além dessa questão técnica envolvendo o iene, alguns profissionais apontaram que a recente queda do dólar frente ao real limitou a possibilidade de perdas maiores para a moeda norte-americana nesta quinta-feira.
“Houve uma correção muito grande, com o dólar passando de 5,70 reais (semana passada) para 5,40 reais. Então não faz muito sentido cair muito mais”, pontuou Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.
Segundo o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, há de fato uma barreira técnica para o dólar a 5,40 reais e, abaixo disso, a 5,30 reais.
“Se tivermos boas notícias na área fiscal e continuarmos boas notícias no exterior, o dólar poderá cair ainda mais. Não duvido disso”, comentou ela. “Muito vai depender do dia 22 de julho”, acrescentou, referindo-se à data prevista para o Ministério das Finanças apresentar um relatório com possíveis cortes de despesas para cumprir a meta fiscal.
No exterior, ao final da tarde o dólar continuou a subir de forma constante face à generalidade das moedas. Às 17h34, o índice – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta ponderada de seis moedas – caía 0,49%, para 104,460.
Pela manhã, o Banco Central vendeu em leilão todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento em 2 de setembro de 2024.
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